quinta-feira, julho 12, 2007

Incêndios em Santiago do Cacém e no Seixal


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Um incêndio no Verão de 2006

Um incêndio que deflagrou hoje pelas 12:10 na zona de Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal mobilizou cerca de 90 bombeiros, provenientes de 13 corporações da região, apoiados por 23 viaturas e um helicóptero.

Está presente no local o Comandante Distrital de Setúbal, dispondo de um veículo de Comando de Operações e Comunicações e uma Equipa de Fogos Tácticos de Supressão.

Também estão presentes quatro equipas de sapadores da Afocelca (Associação de Produtores de Celuloses), apoiadas por um auto-tanque médio, destinado a reabastecer as viaturas de primeira intervenção, bem como cinco máquinas de rastro.

Duas frentes de fogo consumiram áreas de mato e eucaliptal numa zona conhecida por Chaparralão, tendo uma delas sido circunscrita pelas 17:00, procendendo-se ao rescaldo, e mantendo-se a outra em actividade até à noite.

Dados preliminares apontam para a destruição de 100 hectares e de um monte desabitado, mas não houve danos em habitações.

Também esta noite, pneus velhos, plásticos e sucata arderam durante duas horas, entre as 20:30 e as 22:30 na Ecometal, em Paio Pires, no concelho do Seixal.

O incêndio não colocou em risco habitações ou as próprias instalações desta empresa de reciclagem e, a esta hora, as causas ainda não foram apuradas.

Este foi um dia particularmente quente, com temperaturas que, em vários pontos do País, se aproximaram dos 40º, tendo-se igualmente feito sentir um vento forte que facilitou a propagação das chamas, auxiliadas por zonas de mato sujas e por manchas de eucaliptal de grande vulnerabilidade.

Se no caso das condições meteorológicas pouco se pode fazer para além de combater o aquecimento global, a falta de limpeza das matas e a repetida opção pela plantação de eucaliptos resultam numa extrema vulnerabilidade das áreas onde esta combinação explosiva pode ser encontrada.

Igualmente grave é o problema da falta de acessos, tendo já verificado que em áreas de eucaliptos particularmente arenosas, mesmo os veículos todo o terreno têm dificuldades em transitar, sendo por diversas vezes necessário recorrer a equipamentos auxiliares para ultrapassar zonas onde os diferenciais tocam na areia.

Esta falta de cuidado e de manutenção tem, obviamente, consequências desastrosas quando os veículos se deslocam par acorrer a emergências, mas representam também um perigo no caso de ser necessário retirá-los rapidamente do local onde se encontram, pelo que se insiste, mais uma vez, na limpeza dos caminhos lembrando que existem programas como o "Adopt a Trail" que podem ser usados para o efeito.

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