quinta-feira, agosto 02, 2007

Incêndios nas Canárias já estão circunscritos


Image Hosted by ImageShack
Um helicóptero durante o combate às chamas

Os incêndios nas ilhas Canárias, que já fizeram 13.500 desalojados, ainda não foram controlados, mas já se encontram circunscritos.

Os fogos que desde a passada sexta-feira devastam as ilhas de Tenerife, Gran Canária e La Gomera já destruiram mais de 35.000 hectares de floresta e assumem-se como a pior catástrofe ecológica de sempre no arquipélago das Canárias.

A extensão da destruição e os efeitos sobre o eco-sistema já levaram o Primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodriguez Zapatero, a deslocar-se ao arquipélago para, em conjunto com as autoridades locais, defenir quais as medidas a tomar.

O fogo na ilha de Gran Canária foi ateado por um guarda-florestal, que temia ficar sem emprego após o termo do contrato que terminava em breve, e já destruiu cerca de 20.000 hectares de floresta, para além de obrigar a evacuar perto de 5.000 habitantes.

Também em Tenerife existem suspeitas de o fogo ter origem criminosa, tendo ardido mais de 15.000 hectares e obrigando cerca de 8.000 pessoas a abandonar as suas casas.

Comparando a área atingida pelos incêndios com o total das ilhas, e percentagem de destruição terá sido devastadora para o eco-sistema, comprometendo espécies autóctones, algumas das quais apenas existentes neste arquipélago e podendo ter atingido reservas ou cursos de água, de que dependem diversas actividades económicas.

Para além da destruição causada no eco-sistema, prevê-se que o turismo, actividade essencial para a sustentabilidade das ilhas, seja fortemente atingido, não obstante as estâncias balneares não terem sido afectadas directamente, facto que pode dificultar as estratégias de recuperação a elaborar pelas autoridades.

O Verão particularmente quente em diversos países mediterrânicos, e a cujas altas temperaturas Portugal tem escapado, tem contribuido para a fácil propagação de incêndios que têm vindo a devastar enormes áreas florestais, colocando em perigo pessoas e bens e causando prejuizos incalculáveis.

Vários destes países, como a Espanha, dispoem de sistemas de combate a incêndios adequados, com um número de meios materiais e humanos considerado suficiente para enfrentar a maioria das situações, mas que se têm demonstrado inadequados perante incêndios com as dimensões dos que ocorreram nas Canárias.

A conjugação de uma orografia complexa, altas temperaturas e, infelizmente, mão criminosa, tem resultado em incêndios particularmente difíceis de combater, independentemente dos meios e recursos disponíveis, constituindo um aviso e um alerta para quem, por circunstâncias que não domina, tem interpretado a situação que se vive em Portugal como resultado de medidas que, na verdade, podem representar muito pouco.

1 comentário:

Carlos Santos disse...

Boa tarde, a sua notícia sobre o Guarda Florestal q deu origem ao grande incêndio, está um pouco fora de contexto. Afinal quem pegou fogo foi um vigia de uma torre de incéndios. Notícia avançada pela Ass. Espanhola de Agentes de Médio Ambiente.