Os três helicópteros SIV, após a aquisição que será feita através de concurso internacinal, ficarão baseados no Norte, Centro e Sul do País e serão utilizados quando a deslocação for considerada demasiado longa ou demorada para uma viatura que se desloca em estrada.
Esta é mais uma forma de obviar ao encerramento de centros de saúde e de urgências, mas dificilmente poderá devolver às populações a confiança que tinham nas unidades que funcionavam em permanência na sua região.
A agravar o problema, existe o condicionante de os helicópteros não poderem operar em quaisquer condições, de serem em número reduzido, facto agravado devido a necessidades de manutenção ou reparações, e de não transportarem um médico a bordo, do que resulta um risco acrescido para os pacientes que estiverem a bordo.
Por outro lado, o transporte de pacientes não pode ser, dependendo da situação concreta, efectuado à velocidade máxima e a todas as altitudes, pelo que a duração do trajecto pode ser muito superior à estimada pelo INEM.
Existe ainda o problema de, ao contrário do transporte terrestre, o helicóptero não poder parar imediatamente, em caso de necessidade, ou de recorrer a qualquer posto de urgência, muitos dos quais não têm locais de aterragem nas proximidades.
Devemos dizer que, a presença de um médico a bordo parece essencial, tal como é, numa menor escala nas viaturas SIV que surgem como uma versão pobre das VMER, mas havendo falta de clínicos, seriamos favoráveis a que estes transitassem, mesmo que provisoriamente, das VMER para os helicópteros.
A ideia de não alocar a melhor tripulação possível aos meios mais dispendiosos parece absurda, contraria o próprio senso comum e surge como uma opção inaceitável, colocando em risco quem seja transportado a bordo de um helicóptero sem a devida assistência.
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