Operações de socorro após o acidente
A ambulância, ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica, em que seguia a vítima mortal despistou-se em Abrantes, na saída da A23, sentido Sul-Norte, que iria prestar auxílio a automobilistas envolvidos nos vários acidentes provocados por derramamento de gasóleo na via.
O bombeiro ainda foi transportado com vida para o Hospital de Abrantes, mas acabou por morrer em virtude dos ferimentos sofridos.
Do despiste da ambulância resultaram ainda dois feridos graves, enquanto os restantes acidentes, que envolveram seis veículos, provocaram seis feridos ligeiros.
No socorro às vítimas destes acidentes participaram 34 bombeiros e 12 viaturas dos Bombeiros Municipais de Abrantes e Voluntários do Sardoal, Constância e Vila Nova da Barquinha, par além de 30 elementos de forças policiais.
Entretanto, elementos da investigação criminal da Esquadra de Abrantes da Polícia de Segurança Pública já terão identificado o responsável pelo derramamento de gasóleo que provocou esta sequência de despistes.
Não temos, neste momento, informações que possam confirmar ou desmentir se os tripulantes usavam cintos ou se a ambulância oferecia todas as condições de segurança exigíveis para deslocações de carácter urgente nas difíceis condições em que muitas vezes têm que operar, mas uma observação do estado do veículo após o acidente não pode deixar de levantar algumas questões.
As consequências para a tripulação parecem pouco consistentes com os danos materiais, a avaliar pelo estado da ambulância, que não parece ter sofrido danos estruturais nem excessiva deformação da carroçaria, pelo que teremos que equacionar outra vez a possibilidade de os cintos de segurança não estarem a ser utilizados.
A questão da utilização dos cintos em veículos de socorro ou em outras missões urgentes, como no caso das forças policiais, já foi diversas vezes abordada e continuamos a ser da opinião que o lapso de tempo correspondente à sua colocação dificilmente será decisivo para os resultados da missão.
Em contrapartida, a opção pela não utilização dos cintos, fruto de uma mentalidade e de hábitos enraizados, tem, muitas vezes consequências graves para as tripulações, que ficam sofrem graves lesões em acidentes de que resultam danos pouco significativos para o veículo.
Consideramos que o uso ou não dos cintos é, sobretudo, uma opção que pouco tem a ver com a rapidez com que o veículo é posto em movimento, facto sobretudo visível quando este tem motor a diesel, no existe um lapso de tempo de pré-aquecimento que corresponde a escassos segundos, mas que pode ser aproveitado para colocar os cintos de segurança.
Mesmo correndo o risco de sermos repetitivos, esta é uma questão da maior importância que as estruturas hierárquicas deviam analisar e decidir, optando por uma solução que garanta, tanto quanto possível, a segurança de todos quantos participam em missões de socorro.
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