quinta-feira, dezembro 20, 2007

Helicópteros SIV sem médico a bordo - 1ª parte


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Helicóptero Bell UH-1D do INEM

Os helicópteros de Suporte Imediato de Vida (SIV), com que o Ministério da Saúde pretende resolver o problema do encerramento de urgências e a prestar socorro no Interior do País, não incluirão na tripulação nenhum médico.

Esta decisão surge na linha adoptada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) quando decidiu que as tripulações das novas viaturas SIV dispensam a presença de um médico, mas incluirão um enfermeiro com formação e treino para praticar o que foi descrito como "alguns actos clínicos".

As SIV diferem das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) pela ausência de um médico e de equipamentos cujo manuseamento implica a presença de alguém com formação em medicina, mas continuam a dispor de meios para reanimar ou entubar um paciente, para o que foi dada formação ao técnico que incorpora a tripulação.

Segundo a direcção do INEM, esta opção tem a concordância dos médicos do próprio instituto, considerando que há um conjunto de actos que podem ser efectuados por técnicos treinados e não apenas por clínicos.

A justificação da direcção do INEM vem na sequência das acusações da Ordem dos Médicos (OM), que já se havia insurgido contra as viaturas SIV devido à ausência de um médico na tripulação, sendo perfeitamente expectável que estas fossem estendidas aos helicópteros que actuam segundo a mesma filosofia.

Para a OM este "é um acto criminoso do INEM e do ministro da Saúde", que coloca em risco a vida de quem é transportado, que será, normalmente, alguém em estado grave que obriga a uma evacuação aérea, e avisou os médicos para a responsabilidade de dar aconselhamento telefónico aos actos praticados nas viaturas e helicópteros SIV.

Para a OM, médicos que dêm apoio ou aconselhamento telefónico, afastados dos pacientes, estão "exclusivamente por sua conta e risco e contra o parecer técnico da Ordem dos Médicos".

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