Ambulância do INEM ainda sem médico
Para além de uma solução óbvia que consiste em contratar o número de médicos necessário para o reforço das equipas, dotando as ambulâncias e os futuros helicópteros de suporte imediato de vida (SIV) com pessoal médico, convém explorar alternativas que permitam uma contenção de custos inerentes ao aumento do número de clínicos ao serviço do INEM.
A possibilidade de estabelecer acordos com médicos residentes nesses locais que, no horário acordado, de forma a poder conciliar a actividade de socorro com a prática clínica, permitiria reforçar os meios de intervenção.
Este tipo de acordo, que pode assumir diversas formas contratuais, desde uma simple avença a um contrato de prestação de serviços, permitiria a existência de alternativas em locais remotos e de difícil acesso, onde uma viatura médica de emergência e reanimação demoraria a chegar, permitindo um socorro medicalizado com maior rapidez.
Caberia ao INEM fornecer os "kits" necessários aos médicos com os quais fosse estabelecido um acordo, podendo, inclusivé, ser feito depósito num quartel de bombeiros ou num posto policial local de equipamentos que, pelo seu custo ou características, não pudessem ser entregues a nível individual, cabendo ao depositante entregá-lo no local onde este fosse necessário sempre que solicitado e acordo com o protocolo estabelecido.
Pode-se, inclusivé, incluir na contratualização processos de formação, factores de progressão na carreira ou outros atractivos não pecuniários que, desta forma, permitam uma contenção de custos enquanto reforçam a capacidade de socorro em situações onde a presença de um médico é necessária.
A ideia que defendemos para o INEM é a de uma estrutura flexível e bem coordenada, com o recurso a elementos externos que, ao abrigo de contratos ou acordos de prestação de serviço, reforcem os meios actuais, dotando-as de uma mais valia técnica capaz de socorrer vítimas em locais remotos e onde meios mais convencionais tenham dificuldade em aceder em tempo útil.
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