quarta-feira, fevereiro 06, 2008

INEM vai definir protocolos com os Bombeiros


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Uma VMER do INEM na Anadia

A secretária de Estado adjunta e da Saúde, Cármen Pignatelli anunciou que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e os Bombeiros vão definir os protocolos que estabelecem o relacionamento e a interligação entre estas organizações de socorro.

No termo de uma conferência de imprensa onde também estiveram presentes o ex-secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, os presidentes do INEM, Luís Cunha Ribeiro, da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Arnaldo Cruz, e da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira e elementos da comissão técnica de requalificação das urgências, Cármen Pignatelli declarou que após "análise das situações que ocorreram, verificámos que é absolutamente necessário definir os protocolos" que definam o relacionamento entre a Emergência Médica e os Bombeiros.

No termo da reunião, que decorreu no Ministério da Saúde, em Lisboa, foram analisadas as situações recentemente vindas a público, sendo reconhecido que "há fragilidades" no sistema que poderá ser "melhorado".

Para ultrapassar este problema, o INEM irá apresentar, dentro de três semanas, uma proposta relativa à organização de uma rede nacional de ambulâncias, sendo que a comissão técnica responsável pelo controlo do protocolo assinado em Maio de 2007 entre o INEM, a ANPC e a LBP irá finalmente reunir-se, pela primeira vez, no dia 07 de Fevereiro.

Assuntos como a distribuição de meios de socorro a nível nacional, a possibilidade do uso de desfribiladores pelas tripulações de bombeiros, entre outros, serão apreciados a nível técnico com base em propostas efectuadas pela LBP.

Após a demissão do ministro da Saúde, seria conveniente que fossem suspensos os encerramentos e que as unidades encerradas fossem reabertas até um estudo detalhado ser efectuado e estarem preparadas as necessárias alternativas e os meios de socorro e de transporte adequados.

A metodologia e a sequência de acontecimentos a que assistimos demonstra que não foram acauteladas nem a segurança das populações, nem a coordenação entre os meios disponibilizados pelas várias entidades ligadas ao socorro, que só agora parece tentarem chegar a uma acordo algo tardio e que, pela pressão dos acontecimentos, poderá não ser o ideal.

Na verdade, o esperado acordo agora proposto é mais uma medida casuística, a reboque dos acontecimentos e que, por muito necessária e eficaz que se revele, não pode corrigir erros de fundo, resultantes de problemas estruturais resultantes de uma manifesta falta de visão polítia e de mau planeamento técnico.

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