Uma ambulância num estacionamento
Os familiares da vítima ligaram para o 112 pelas 07:30, tendo o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) considerado que a gravidade da situação não requeria cuidados urgentes, o que levou a uma nova chamada para os Bombeiros Voluntários de Moura (BVM).
Quando a ambulância dos BVM chegou, pelas 08:00, encontrou a vítima em paragem cardiaca, tendo alertado os meios do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), através do CODU, que enviou uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Moura.
Não obstante os esforços de ambas as equipas, a vítima, que alegadamente estava de boa saúde e não tinha antecedentes de qualquer tipo de doença grave veio a falecer pelas 08:30.
Segundo o comandante dos bombeiros de Moura, "estes casos são recorrentes, neste e noutros concelhos", mas esta situação terá sido a mais grave "com a morte de uma pessoa"
Parao INEM, de acordo com a primeira chamada feita pelos familiares "não existia qualquer informação relevante que indicasse estar-se perante uma situação de risco de vida", pelo que lhes foi recomendado "um contacto com os bombeiros locais".
Segundo o INEM, "a vítima não deixou de ter assistência, tanto dos bombeiros como do INEM", mas desconhece qual o tempo de resposta dos bombeiros e, obviamente, se estes dispunham de meios adequados ao socorro deuma vítima cuja avaliação foi manifestamente errada.
Seria importante que houvesse inquéritos públicos em todos estes casos e que as gravações das chamadas para o 112 fossem divulgadas, respeitando a privacidade dos envolvidos, de modo a que todos podessemos aferir da qualidade e prontidão do atendimento prestado em caso de urgência.
Mantendo estas situações num quase segredo, a confiança das populações no INEM e a credibilidade da própria instituição são gravemente abaladas, com consequências graves em termos de alarme social e do sentimento de segurança que deve prevalecer.
Sem comentários:
Enviar um comentário