sábado, janeiro 22, 2011

2010 foi o ano mais quente desde 1880 - 4ª parte

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Uma inundação no Ribatejo, em Portugal

Foram sobretudo as vagas de calor, mais do que as de frio, que causaram um maior número de vítimas, tendo morrido em Portugal só no Verão de 2003 mais de 3.000 habitantes, superando em muito o milhar reconhecido então pelas autoridades oficiais.

O sistema de contabilização de vítimas, que se baseia essencialmente num desvio estatístico, pode, no entanto, ser criticável, pois os cuidados médicos actuais permitem a sobrevivência mesmo de quem já se encontra muito vulnerável, sobretudo idosos, que perdem a vida mesmo sem uma vaga de calor demasiado intensa ou prolongada.

Vários factores são apontados como causa do aumento da perda de vidas humanas e de prejuizos materiais, incluindo-se uma maior concentração de pessoas e bens em áreas de risco ou uma contabilização mais rigorosa dos de dados de várias proveniências, mas as alterações climáticas, embora a sua influência seja aceite, não se encontra entre os factores avaliados.

Justifica-se começar a dispensar uma maior atenção à vulnerabilidade do País, planeando adequadamente, antevendo situações de maior risco e procedendo às alterações necessárias para que se inverta a tendência dos últimos anos, ao longo dos quais se permitiram erros da maior gravidade nas mais diversas áreas, sobretudo a nível do urbanismo.

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