Incêndio em Portugal no Verão de 2005
Durante a cerimónia de hoje em Fátima para homenagear os 13 bombeiros que morreram durante a época de combate aos fogos, Paulo Jesus, um dos fundadores da APBV, apontou a falta de empenho dos políticos e dos responsáveis judiciais como factores que facilitam o aumento de fogos.
"Se criminosos são os que incendeiam, cúmplices são os que criaram ou mantêm condições para que isso suceda", ou seja todos os que "tiveram responsabilidades governamentais, judiciais e em diversos organismos", afirmou Paulo Jesus, numa intervenção aplaudida pelos sócios que compareceram na cerimónia.
O desinvestimento nas Direcções de Florestas, o desordenamento na floresta, mesmo a que já ardeu recentemente, a falta de limpeza das matas ou os meios reduzidos foram alguns dos exemplos de más políticas seguidas em Portugal na opinião da APBV.
Por outro lado, "os que não aceitaram a pena máxima para os incendiários" e os que permitem a libertação dos suspeitos são também responsabilizados por este estado de coisas.
"A sua incompetência e negligência são tais, que a conivência com o crime é por demais evidente", acusou, lamentando que esses elementos não se sentem no "banco dos réus, respondendo quer pela destruição de bens e morte de pessoas quer pelo ataque ao património do Estado".
Logicamente, as acusações são não só uma consequência da inércia política, ou da condução da luta contra os incêndios no Verão passado, a qual pode ser classificada como desastrosa, mas foram particularmente inflamadas pela lembrança dos 13 bombeiros que morreram durante esses trágicos meses.
Espera-se que esta nova Associação, que já mencionamos diversas vezes, como na altura em que foi criada, venha a apresentar tão brevemente quanto possível e em complementaridade com outras já existentes, um conjunto de propostas que evitem que este Verão se repitam as situações de anos anteriores.
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