quinta-feira, agosto 10, 2006

A maioria dos incêndios florestais é de origem negligente


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Ministro António Costa na Base de Ovar

"A maioria dos incêndios em Portugal ocorre por origem negligente, não é por origem dolosa", afirmou esta quarta-feira o ministro da Administração Interna, António Costa, durante uma visita ao Centro de Meios Aéreos de Vidago.

António Costa salientou que muitos incêndios ocorrem porque "as pessoas lançam foguetes que não podem ser lançados, vão trabalhar para o campo com máquinas em dias de risco e fazem churrascos que depois acabam em tragédia".

"Tem sido um trabalho muito bom que a Polícia Judiciária (PJ) tem vindo a realizar, e é importante que prossiga, mas estamos a falar de cerca de 5% da totalidade dos incêndios que ocorreram em Portugal desde o início do ano", comentou o ministro.

As afirmações foram proferidas no mesmo dia em que a PJ anunciou estar a investigar 562 incêndios que deflagraram desde o início do ano, de que resultaram 24 detenções por suspeita de fogo posto.

Na opinião do governante, são estes comportamentos negligentes, que para todos os efeitos podem configurar crimes, que estão na origem da maioria dos fogos em Portugal, pelo que é preciso apelar repetidamente a todos para que sejam evitados, sobretudo em dias em que se registem temperaturas elevadas.

Infelizmente, é típico pensar que os azares só acontecem aos outros, e numa atmosfera de facilitismo e irresponsabilidade, agravada pelo mau funcionamento do sistema judicial, os comportamentos de risco que configuram negligência grosseira continuam, na maior parte dos casos, sem ser devidamente penalizados, contribuindo para o actual clima de insegurança.

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