Dois bombeiros na frente de fogo
As chamas afectavam localidades dos distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Guarda, Leiria, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
No distrito de Aveiro estão por circunscrever dois incêndios, um em Oiã, no concelho de Oliveira do Bairro, iniciado às 15:29 e outro em Azurva, no de Aveiro, que deflagrou as 17:57 de hoje, sendo combatidos por 41 homens apoiados por 11 viaturas e 3 helicópteros.
Segundo os dados, no distrito de Braga estavam activos dois incêndios, um em São Bartolomeu, em Amares, que deflagrou na noite de sábado e cujas chamas estavam a ser combatidas por 52 homens apoiados por 14 viaturas, e um outro iniciado às 03:00 da manhã em Parada de Bouro, no concelho de Vieira do Minho, onde estão 66 homens apoiados por 19 viaturas.
No distrito de Coimbra estavam activos quatro incêndios, três deles iniciados durante a tarde, em Midões, Várzea de Candosa, Condeixa-a-Velha e Vala da Malhada.
O fogo de Midões que deflagrou as 11:52 de hoje estava a mobilizar 106 homens apoiados por 27 viaturas e um avião.
Em Várzea-de-Candosa, no concelho de Tábua, um incêndio que deflagrou ás 14:36 está a ser combatido por 42 bombeiros, apoiados por 10 viaturas, enquanto um outro fogo iniciado às 15:24 em Condeixa-a-Velha mobilizava 44 homens apoiados por 13 viaturas um helicóptero e um avião.
Na localidade de Vala da Malhada, no concelho de Cantanhede, um total de 17 bombeiros e 6 viaturas combatem chamas iniciadas as 16:35.
No distrito da Guarda, 53 bombeiros apoiados por 12 viaturas e um helicóptero estavam desde as 13:30 a combater um incêndio em Porto de Ovelha, em Almeida.
Outros 33 homens apoiados por oito viaturas e um helicóptero combatiam um incêndio deflagrado as 15:38 em Sequeira, no distrito da Guarda.
Ainda de acordo com o SNBPC, no distrito de Leiria estava por circunscrever um incêndio em Codaçal, no concelho de Porto de Mós, combatido por 97 homens com 27 viaturas, um avião e um veículo de comando e comunicações.
Neste distrito os bombeiros combatem também as chamas em Mira de Aire, no concelho de Porto de Mós, e na Mata Mourisca, em Pombal onde estavam 115 homens com 31 viaturas e dois helicópteros.
No distrito do Porto, estavam, às 18:00 de hoje, três incêndios activos, um deles por circunscrever, em Eiriz, concelho de Paços de Ferreira, que mobilizou 20 bombeiros e 5 viaturas, enquanto outros dois incêndios, em Real e Lugar de Maranchinho, estavam já circunscritos.
No distrito de Santarém, o SNBPC registava, à mesma hora, três incêndios por circunscrever: Cardal, no concelho de Ferreira do Zêzere, em Cortiçal, no de Santarém, e em Minde, no de Alcanena, onde um total de 209 bombeiros apoiados por 59 veículos, dois helicópteros e um avião combatiam as chamas.
Em Amiais de Baixo, o fogo consumiu duas serrações e atingiu uma carpintaria, que ardiam perto das 21:00
Em Viana do Castelo, um incêndio que deflagrou na tarde de sexta-feira no Lordelo, no concelho de Arcos de Valdevez, estava já circunscrito e a ser combatido por 19 homens apoiados por 6 viaturas e três pelotões de militares.
Ainda no distrito de Viana do Castelo, estavam por circunscrever outros dois incêndios, um que deflagrou na noite de sábado em Ferreira, no concelho de Paredes de Coura, e outro iniciado na tarde de hoje em Casares, concelho de Arcos de Valdevez.
Em Vila Real, o SNBPC referia a existência de um fogo iniciado ás 13:39 de hoje em Abrecovo, no concelho de Sabrosa, e que estava a ser combatido por 35 bombeiros apoiados por nove viaturas e dois aviões.
No distrito de Viseu os bombeiros estavam a braços com três incêndios: Arnas, no concelho de Sernancelhe, em Mosteiro de Fraguas e Mouraz, ambos no de Tondela.
Tal como nos pareceu, pelas informações que iam chegando, o SNBPC confirmou que sábado foi o dia em que se registou o maior número de incêndios em Portugal desde o início de Julho, num total de 422 fogos.
O risco de incêndio está hoje no nível máximo no Norte e Centro do país devido às elevadas temperaturas, que devem ultrapassar os 40 graus em alguns distritos, segundo as previsões do Instituto de Meteorologia, que coloca 13 dos 18 distritos de Portugal continental em risco "máximo" ou "muito elevado" de incêndio.
Mesmo antes de obter resultados oficiais, parece-nos que domingo ultrapassou sábado, tal como este tinha superado os valores de sexta-feira, num crescendo preocupante que começa a desgastar o dispositivo, o qual tem que prever uma evolução da situação que, segundo as previsões, poderá continuar a agravar-se.
Nota-se, infelizmente, que as áreas circundantes às habitações e às próprias povoações continuam sem ser limpas, muitas vezes com mato ou floresta a entrar por entre os aglomerados habitacionais, vendo-se zonas de palha ou outros combustíveis espalhados um pouco por toda a parte.
Perante tal irresponsabilidade, de que muitas vezes são cúmplices as próprias entidades oficiais, pois muitas matas ou reservas nacionais não estão mais cuidadas, o esforço dos bombeiros acaba por ser insuficiente para evitar a devastação que hoje se verifica em todo o País.
A época da pedagogia já passou e não há quem não saiba quais os seus deveres como proprietário, pelo que se impoem medidas de rigor, sempre sem esquecer quem, pelas mais diveras razões, tem dificuldades em as cumprir, mas capazes de fazer cumprir preceitos legalmente estabelecidos de forma a por um fim a esta tragédia.
Sem comentários:
Enviar um comentário