Floresta queimada: uma paisagem comum entre nós
Desta forma, as restrições que hoje se verificam, como a utilização de máquinas ou o trânsito em áreas de risco, mantêm-se mais quatro dias, num esforço de diminuir o número de ocorrências e de manter a prontidão do dispositivo bem como de meios auxiliares.
Logicamente, quer um periodo de esforço prolongado, quer a manutenção do estado de prontidão, vai corresponder a um desgaste superior ao previsto, sendo necessário equacionar com particular cuidado a forma como as reservas se devem articular, evitando assim a situação vivida no passado, onde bombeiros exaustos por dias consecutivos de combate, muitas vezes sem comer e sem dormir, eram mantidos na frente de fogo pela impossibilidade de serem substituidos.
Num dos primeiros textos deste espaço foi, precisamente, abordada a questão da gestão de efectivos como um dos factores fundamentais no sucesso no combate aos fogos, sendo que a questão permanece actual.
Nessa altura lembramos a importância da existência de uma reserva estratégica, capaz de prolongar o esforço para além das capacidades dos meios humanos lançados no combate inicial, como sendo um dos factores a ter em conta no planeamento das operações a nível nacional.
Passado precisamente um ano, mesmo tendo sido introduzidas algumas melhorias em termos de coordenação, no respeitante às comunicações e demais apoio logístico continua muito por fazer, sendo de equacionar soluções alternativas como a delegação de algumas tarefas em membros das comunidades locais com experiência profissional na área, mesmo que não pertencentes aos corpos de bombeiros.
A aposta na colaboração e no empenho de todos continua, a nosso ver, a ser essencial para suprir deficiências e problemas que até hoje têm sido impossíveis de superar recorrendo unicamente aos meios e recursos disponibilizados pelo SNBPC e pelas corporações de bombeiros.
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