terça-feira, janeiro 09, 2007

Vale de Cambra já dispõe de uma brigada de sapadores florestais


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Um exemplo: sapadores da Câmara de Nisa

O concelho de Vale de Cambra já dispõe de uma brigada de sapadores florestais, que vem reforçar a corporação local debombeiros voluntários no combate aos incêndios.

Esta brigada iniciará a sua formação na Lousã a partir do próximo dia 9, de forma a estar pronta para actuar antes do Verão num concelho que tem cerca de 10.000 hectares de área florestal e agrícola.

A brigada será composta por cinco elementos e disporá de uma viatura todo-o-terreno e terá como missão principal "vigiar, limpar caminhos e acessos e combater pequenos focos de incêndio".

O investimento anual será de 50.000 euros e a sua constituição resulta de uma candidatura conjunta da autarquia de Vale de Cambra e da Associação Florestal de Entre o Douro e Vouga.

É nesta época, de menor pressão, que devem ser adoptadas as medidas a nível de prevenção, bem como todos os trabalhos de limpeza e de manutenção, para além de acções de treino e formação, de modo a que estas estejam concluidas quando se aproxima o Verão.

Durante o Verão passado, o esforço no combate não foi devidamente suportado por um idêntico investimento na prevenção e no ordenamento do território, pelo que a estratégia pode ser classificada como um "controle de danos", que por muito eficaz que seja está sempre condenada à partida.

Lembramos ainda que o esforço e investimento na prevenção, sendo menos mediático e raramente noticiado, é de importância fundamental no sucesso das operações que decorrem no Verão, pelo que é de apelar à comunicação social uma maior atenção para estas acções, que não devem ser secundarizadas perante a maior espectacularidade dos incêndios.

O papel da comunicação social é, neste caso concreto, fundamental para mudar mentalidades e procedimentos num País que teima em viver de aparências e que apenas nos meses de Verão desperta para a dura realidade dos incêndios e de um trabalho que não foi feito atempadamente, pelo que a cobertura noticiosa tem que evoluir, incluindo não apenas os fogos, mas também as restantes vertentes deste problema e as suas consequências, normalmente esquecidas pelos principais noticiários.

Reforçamos a ideia de que o sucesso da luta contra os incêndios de Verão depende do trabalho que se faz durante os meses de Inverno e que, após a chegada do tempo quente, já não há opções a nível estratégico, mas tão somente acertos tácticos que pouco vão influir no resultado final.

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