Ao fim da tarde estavam activos dois incêndios, ambos em zonas de mato, um no distrito do Porto e outro no distrito de Vila Real, que eram combatidos por 91 bombeiros apoiados por 26 viaturas e, até ao cair da noite, por dois meios aéreos.
Segundo dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil, o incêndio em Medas, no concelho de Gondomar, distrito do Porto, começou às 15:32 e ficou circunscrito às 18:55, após ter mobilizado 38 bombeiros apoiados por 13 viaturas e dois aerotanques pesados.
O outro fogo em Vreia de Jales, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, continuava por circunscrever e era combatido por 53 bombeiros, com 13 viaturas e o apoio de duas equipas do Sapadores Florestais.
No local estavam também presentes o comandante operacional distrital e o chefe de gabinete do governador civil de Vila Real.
A área ardida, que até meados do mês de Agosto era percentualmente insignificante quando comparada com a média de anos anteriores e que foi comentada pelo ministro da Administração Interna (MAI) como nada tendo a ver com a sorte, tem vindo a aumentar nestes últimos dias em que as temperaturas se mantiveram elevadas ao longo de toda a semana.
Apesar de quer o número de ocorrências, quer a área ardida continuar baixa, o impacto das temperaturas e a ausência de precipitação começam a fazer-se sentir e a dificultar as acções de combate que poderão enfrentar novos problemas quando o número de meios aéreos disponíveis, nos quais se tem baseado grande parte das operações de combate aos incêndios, começar a diminuir.
Caso a temperaturas altas e o tempo seco se prolongue por todo o mês de Setembro, em mais uma demonstração de que as alterações climáticas podem ter um impacto decisivo, serão de prever dificuldades acrescidas para um dispositivo que tem recorrido cada vez mais a meios aéreos pesados, que pelo baixo número de ocorrências estão normalmente disponíveis, mas cujos contratos de aluguer vão terminar em breve.
Ganha assim uma nova importância a questão dos meios aéreos próprios, não dependentes desta sazonalidade contratual, que continuam em parte indisponíveis devido aos atrasos que temos vindo a relatar e a que o actual titular do MAI não atribui grande relevância, sobretudo quando afirma que Portugal tem meios aéreos a mais.
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