terça-feira, setembro 04, 2007

Bombeiro morre em Guimarães


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Incêndio em instalações industriais

Um bombeiro morreu esta madrugada, durante o rescaldo de um incêndio numa fábrica e armazém de algodão na localidade de S. Martinho do Conde, no concelho de Guimarães.

O incêndio foi detectado pelas 02:00 e revelou-se particularmente violento dada quantidade e o tipo de material combustível existente no local e foi combatido pelas corporações de Vizela, a primeira a chegar ao local do fogo, de Guimarães, Taipas e por duas corporações de Famalicão.

O incêndio ficou dominado pelas 05:30, tendo os bombeiros evitado que as chamas alastrassem às restantes instalações da empresa ou atingissem as cerca de dez fábricas vizinhas, após o que foi necessário retirar o algodão, um produto particularmente perigoso e incerto, de modo a evitar reacendimentos.

Já pelas 07:30, em fase de rescaldo, o sub-chefe dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, um homem de 60 anos e com 31 anos de serviço, caiu do telhado e sofreu graves lesões e traumatismos.

A vítima foi assistida no local pelos colegas, pela equipa especializada de uma ambulância e, finalmente, por uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Guimarães, mas as lesões resultantes da queda revelaram-se fatais.

Espera-se que o inquérito apure o que efectivamente aconteceu e se extraiam as devidas conclusões de modo a, caso seja considerado necessário, se introduzam alterações nos procedimentos, equipamentos ou técnicas, de modo a aumentar a segurança de todos quantos participam nestas operações sempre arriscadas.

Se apenas nos limitarmos a lamentar o sucedido, o sacrifício deste bombeiro terá sido em vão, bem como o serão a perda de vidas que ocorrerem em circunstâncias semelhantes que pudessem ser poupadas caso houvesse a possibilidade de aprender com a tragédia da madrugada passada.

O secretismo de que se revestem muitas vezes os inquéritos aos acidentes, longe de contribuirem para o esclarecimento do sucedido e para evitar a sua repetição, têm lançado não apenas a dúvida, mas também suspeições de impunidade de quantos, muitas vezes por omissão, não tomam as medidas necessárias para que as operações decorram na máxima segurança e se aprenda com eventuais erros cometidos.

Nesta 2ª feira, com tempo quente, voltaram-se a verificar diversos fogos florestais, sendo de destacar o incêndio que foi detectado pelas 18:20 na localidade de Correias, concelho de Rio Maior, no distrito de Santarém, ficou circunscrito pelas 19:05 e entrou em rescaldo às 19:20, após ter consumido uma zona de eucaliptal.

O incêndio foi combatido por 52 bombeiros, apoiados por 14 viaturas, dois helicópteros e dois aerotanques ligeiros, tendo sido auxiliados por duas equipas de sapadores florestais da AFOCELCA.

No domingo, passado, a Autoridade Nacional de Protecção Civil registou um total de 110 ocorrências de fogo em floresta ou mato, mobilizando 1.895 bombeiros e 568 viaturas, um número que continua abaixo da média de anos anteriores.

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