quarta-feira, novembro 07, 2007

Incêndios continuam no Norte do País


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Vários incêndios continuam durante a noite

Dois incêndios continuavam por circunscrever ao fim da tarde, consumindo mato e floresta no concelho de Terras de Bouro, no distrito de Braga e no de Montalegre, no distrito de Vila Real.

O incêndio onde os bombeiros enfrentam maiores dificuldades é o de Junceda, em Campo Gerês, no concelho de Terras de Bouro, activo há mais de seis horas e que era combatido por 28 bombeiros, apoiados por oito veículos, e reforçados por uma equipa de sapadores florestais e duas do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade.

O outro incêndio, que começou pelas 18:00 em Lapela, no concelho de Montalegre, mobilizou cinco bombeiros e uma equipa de sapadores florestais.

Durante o dia os bombeiros combatem dois incêndios que deflagraram em Filhagosa, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, e no Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Covelães, no concelho de Montalegre.

Durante a tarde, o total de efectivos atingiu os 21 bombeiros e quatro viaturas, provenientes de duas corporações, três equipas de sapadores com um total de 12 elementos e três viaturas e 10 militares do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana baseados no Vidago.

Ontém os bombeiros do distrito de Vila Real tinham combatido fogos em Vila Nova de Veiga, no concelho de Chaves, em Vale de Moreira e em Medeiros, no de Montalegre, em Passo, no de Mondim de Basto, em Gontães, no de Vila Real, em Vilar , no de Boticas, e em Limões, no de Ribeira de Pena.

Esta nova vaga de incêndios é composta, sobretudo, por fogos de pequenas dimensões, mas que não podem ser menosprezados, dado o número de ocorrências e o facto de muitos atingirem áreas de protecção especial a nível ambiental e ecológico.

Por outro lado, a falta de trabalhos de reflorestação tem vindo a provocar descontinuidades que acabam por funcionar como zonas-tampão, pelo que a probabilidade de ocorrer um incêndio de grandes dimensões tende a diminuir, sobretudo numa época do ano em que, mesmo com temperaturas elevadas para a época, estas são substancialmente inferiores às que se verificaram no Verão.

No entanto, o elevado número de ocorrências não pode deixar de merecer uma reflexão por parte das entidades competentes, a quem cabe avaliar se com outras condições climáticas e menos obstáculos naturais, não estariamos diante de uma situação de grande gravidade.

2 comentários:

E disse...

Acho isto incrível, Nuno. Estamos em Novembro, um calor que convida a ir à praia nem que seja só para estar na esplanada, e ainda temos incêndios florestais. Parece irracional, mas a medida de ter um dispositivo aéreo permanente de combate a incêndios durante todo o ano começa a fazer cada vez mais sentido.

Nuno Cabeçadas disse...

Como neste País só se pensa em termos de combate, torna-se necessário ter um dispositivo aéreo e terrestre todo o ano, mas os custos serão enormes.

Se houvesse trabalhos de prevenção e ordenamento, estes eram válidos para todo o ano, mas como isto é pouco mediático, as opções são sempre outras.

Um abraço