terça-feira, novembro 06, 2007

Mais de 1.100 ocorrências nos primeiros 4 dias de Novembro


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Ainda há incêndios fora de época?

Este mês de Novembro tem registado um número invulgar de incêndios florestais, com um total de 1.123 ocorrências desde o início do mês até ao dia de ontém.

No domingo verificaram-se mais de trezentas ocorrências registadas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), sendo este o número mais elevado desde princípios de Setembro.

Em termos comparativos, o número de registos deste ano é 16 vezes superior ao do ano passado, e nos vários incêndios ocorridos este mês encontram-se fogos que lavraram em áreas protegidas, com especial destaque para os dois que contiuavam por circunscrever depois do cair da noite no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Este incêndio, que começou um dia antes, continuava a consumir floresta no concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga, tendo sido mobilizados 60 bombeiros e um helicóptero para o combater.

Outro fogo, de menores dimensões, começou pelas 13:00 e continuava activo no concelho de Arcos de Valdevez, era combatido por 14 bombeiros apoiados por três viaturas.

Para a ANPC ainda não é possível ter conclusões relativas a este significativo aumento, mas as queimadas que são feitas nesta época do ano parecem justificar uma significativa parte das ocorrências, a que podemos acrescentar as temperaturas invulgarmente altas para esta época do ano e a seca que se faz sentir em grande parte do território nacional.

O levantamento das restrições à realização de queimadas sem que se verifiquem as condições climáticas que garantam alguma segurança parece ser um dos motivos para o elevado número de incêndios, mas a desmobilização de grande parte do dispositivo também não deixa de ter uma influência de peso.

Dado que não há previsões de chuva antes do final da próxima semana, a secura do solo vai continuar a facilitar a propagação de fogos, mesmo que, previsivelmente, a temperatura venha a baixar nos próximos dias.

Este vai, segundo o Instituto de Meteorologia, ser um Inverno seco, pelo que será a descida de temperatura a controlar a propagação de fogos, sendo assim previsível que, a menos que se verifiquem novamente condições excepcionais, o próximo Verão venha a ser um período de dificuldades acrescidas.

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