sábado, novembro 10, 2007

Incêndio em Vale de Cambra é o único ainda por circunscrever


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Um incêndio a consumir mato

Apenas um único incêndio, o de Vale de Cambra, ainda estava por circunscrever já depois das 21:00 segundo informação da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

O incêndio de maiores proporções e o que mobilizava mais meios de combate era o que teve inicio pelas 13:15 no lugar de Merlães, no concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro, e que tinha três frentes activas, consumindo áreas de eucalipal e pinhal.

Este fogo era combatido por 97 bombeiros apoiados por 28 viaturas e reforçados por duas equipas de militares do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana e por um grupo de reforço de Incêndios Florestais.

Já controlado estava o incêndio em Suimo, no concelho de Tomar, distrito de Santarém, que lavrava desde as 16:42 numa área de mato e era combatido por 43 bombeiros apoiados por 11 veículos.

O último fogo a ser cirscunscrito era o de Canelas, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro, que mobilizava 40 bombeiros apoiados por 11 viaturas para combater as chamas que lavravarm num eucaliptal.

Praticamente extinto estava o fogo que foi detectado pelas 15:00 em Vitoreira, no concelho de Castro Daire, distrito de Viseu, onde 39 bombeiros com 12 viaturas efectuavam trabalhos de rescaldo.

Os restantes incêndios, nomeadamente os que lavraram no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, e no concelho de Castro Daire, no distrito Viseu, já se encontravam extintos.

Depois de um Outubro mais complicado do que o expectável, também o mês de Novembro tem sido caracterizado pelo elevado número de ocorrências, que se cifram nas 2.161 fogos durante os primeiros oito dias.

As causas deste número anormalmente alto de incêndios têm sido atribuidas a temperaturas altas para época, baixa humidade, inexistência das chuvas típicas no Outono e, ocasionalmente ventos fortes, ventos fortes que se sentem sobretudo ao cair da tarde.

Também as queimadas são apontadas como um dos factores que mais têm contribuido para este número, mas dado que estas não serão mais do que em anos anteriores, as causas terão que ser apontadas para condições climáticas numa altura em que o dispositivo disponível no Verão já foi francamente reduzido.

Queremos lembrar que, há já vários anos, foi analisada a problemática da seca e a sua evolução não apenas no Norte de África, hoje maioritariamente desértico, mas também nas zonas mais a Sul da Europa.

Na altura do estudo, a zona de seca em Portugal Continental, considerada como um potencial deserto, foi estabelecida como a que se encontrava a Sul do rio Tejo, mas com fortes possibilidades de se alargar para o Centro do País.

Este estudo foi realizado antes dos grandes incêndios do princípio da década e não teve em conta o efeito que esta devastação provoca a nível de alterações climáticas, pelo que a sua revisão poderá traduzir-se em resultados alarmantes que facilmente se poderão verificar dentro de um espaço de tempo curto.

Em contrapartida, o aquecimento global tem vindo a provocar outro tipo de fenómenos no Norte da Europa, com sérios riscos de cheias na Inglaterra e na Holanda, demonstrando que é necessário tomar medidas urgentes, antes que um desastre de grandes proporções venha alterar para sempre a percepção que temos do Mundo em que vivemos.

1 comentário:

E disse...

O acidente do heli foi motivado por falta de experiência do piloto, com cerca de 500 horas (é pouco para operar com cargas suspensas). É mentira o que andam a dizer que tinha muita experiência. O A. era um piloto jovem. É uma pena ter perdido a vida.