Uma escola primária no Interior do País
Ao primeiro, deu-lhe 10.000.000 de euros e ao segundo 1.000.000, salientando que era essencial que estas verbas fossem aplicadas de modo a que as próximas eleições fossem ganhas.
À saida da reunião, o Primeiro-Ministro vê, de passagem outro dos seus ministros e, não tendo nenhuma verba para lhe atribuir, não deixa de lhe recomendar que faça algo para beneficiar o País.
Antes do início da campanha eleitoral, data limite para a conclusão de tão decisiva missão, o Primeiro-Ministro convocou os seus dois colaboradores dilectos para que prestassem contas e apresentassem os resultados.
Aquele que mais recebeu foi o primeiro a falar e anunciou orgulhosamento os frutos resultantes de um investimento de 10.000.000 de euros:
Mandei construir uma ponte com quatro faixas de rodagem para que as crianças possam chegar à escola de Detrás do Sol Posto sem ter que atravessar o rio a vau nem percorrer 50 quilómetros até à travessia mais próxima.
Igualmente feliz, estava o ministro que recebera 1.000.000 euros, incapaz de esconder a excitação que quase o impedia de pronunciar com clareza:
Comprei e equipei uma excelente frota de autocarro escolares e contratei motoristas e assistentes profissionais de modo a que as crianças viagem em conforto e segurança até à escola de Detrás do Sol Posto.
O Primeiro-Ministro sentia-se feliz e confiante quando, subitamente, se lembrou de telefonar ao ministro a quem recomendara que fizesse algo de útil pelo País.
Este parecia algo mais calmo do que os seus colegas, mas aparentava a segurança de quem está convicto de que as suas opções foram as mais correctas, pelo que respondeu sem hesitar:
Eu poupei dezenas de milhares de euros quando mandei encerrar a escola primária de Detrás do Sol Posto, que já não tinha nem alunos nem lá colocamos professores.
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