Um incêndio activo durante a noite
Dois destes incêndios permaneciam activos dentro do perímetro do Parque Natural de Montesinho, outro no Parque Nacional da Peneda-Gerês e último no Parque Natural da Serra da Estrela.
À mesma hora, estavam já circunscritos os dois incêndios que lavraram no concelho de Arcos de Valdevez e o que atingiu o concelho de Vinhais.
Durante o sábado, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou 302 incêndios florestais, o número mais elevado desde o dia 10 de Setembro, o que vem demonstrar, mais uma vez, a importância do clima no deflagar dos fogos.
Uma análise sucinta ao estado dos solos, com níveis de humidade extremamente baixos, permite concluir que a falta das habituais chuvas de finais de Setembro e Outubro têm um impacto decisivo no número de ocorrências, incrementado pelas queimadas que muitos agricultores teimam em realizar com tempo quente.
Manifestamente, o conceito de "época dos fogos" está ultrapassado, mas o mesmo se pode dizer da forma rígida como as várias fases são determinadas e que cada vez mais se verifica não estarem de acordo com as contínuas e imprevisíveis variações do clima.
Naturalmente, surge a necessidade de um dispositivo permanente ao longo do ano, eventualmente com um pico menor no Verão, mas com uma maior disponibilidade na Primavera e no Outono, o que só será possível através da profissionalização de parte dos efectivos e da aquisição de meios próprios permanentemente disponíveis.
Devemos, finalmente, lembrar que o triunfalismo de alguns políticos é facilmente desmentido pela realidade e que certas afirmações, de tão absurdas que são, apenas se prestam ao ridículo, já que fazer humor com um assunto tão sério é, no mínimo, indesculpável.
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