segunda-feira, novembro 05, 2007

Quatro fogos por circunscrever em parques nacionais


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Um incêndio activo durante a noite

Este domingo, perto do meio da tarde, ainda estavam por circunscrever seis incêndios, dos quais quatro lavravam dentro de áreas protegidas.

Dois destes incêndios permaneciam activos dentro do perímetro do Parque Natural de Montesinho, outro no Parque Nacional da Peneda-Gerês e último no Parque Natural da Serra da Estrela.

À mesma hora, estavam já circunscritos os dois incêndios que lavraram no concelho de Arcos de Valdevez e o que atingiu o concelho de Vinhais.

Durante o sábado, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou 302 incêndios florestais, o número mais elevado desde o dia 10 de Setembro, o que vem demonstrar, mais uma vez, a importância do clima no deflagar dos fogos.

Uma análise sucinta ao estado dos solos, com níveis de humidade extremamente baixos, permite concluir que a falta das habituais chuvas de finais de Setembro e Outubro têm um impacto decisivo no número de ocorrências, incrementado pelas queimadas que muitos agricultores teimam em realizar com tempo quente.

Manifestamente, o conceito de "época dos fogos" está ultrapassado, mas o mesmo se pode dizer da forma rígida como as várias fases são determinadas e que cada vez mais se verifica não estarem de acordo com as contínuas e imprevisíveis variações do clima.

Naturalmente, surge a necessidade de um dispositivo permanente ao longo do ano, eventualmente com um pico menor no Verão, mas com uma maior disponibilidade na Primavera e no Outono, o que só será possível através da profissionalização de parte dos efectivos e da aquisição de meios próprios permanentemente disponíveis.

Devemos, finalmente, lembrar que o triunfalismo de alguns políticos é facilmente desmentido pela realidade e que certas afirmações, de tão absurdas que são, apenas se prestam ao ridículo, já que fazer humor com um assunto tão sério é, no mínimo, indesculpável.

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