sexta-feira, novembro 09, 2007

Várias vítimas de acidente com autocarro não usariam cinto de segurança


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O autocarro acidentado (Foto SIC)

As causas do trágico acidente com o autocarro da Câmara Municipal de Cstelo Branco que transportava um grupo de alunos da Universidade Sénior Albicastrense ainda não estão devidamente apuradas, mas a utilização dos cintos de segurança neste tipo de veículos e nestas circunstâncias merece uma reflexão.

Se até há não muito tempo, eram raros os autocarros equipados com cintos em todos os assentos, tal é agora obrigatório e, no caso do veículo acidentado, de construção recente, a legislação vigente era integralmente cumprida.

Apesar disso, surgem dúvidas quanto à resistência dos cintos e, sobretudo, dos sistemas de fixação, que deverão estar solidamente presos a elementos estruturais do veículo onde são instalados.

Há, no entanto, uma outra vertente que é francamente mais complicada de implementar, nomeadamente a nível do comportamento dos passageiros que vêm no espaçoso interior de um autocarro uma espécie de sala de estar onde é comum mudar de lugar e adoptar as atitudes típicas de um convívio no qual existe um quase permanente movimento.


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Cinto de segurança para autocarros

Neste momento, não se sabe quantos dos passageiros teriam os cintos colocados, pois a tendência é a de, imediatamente a seguir a um acidente, desapertar os cintos de modo a poder movimentar-se, mas suspeita-se, pelo local e posição em que algumas vítimas se foram encontradas, que estas não utilizariam nenhum dispositivo de retenção.

Compreende-se que poucos passageiros, sobretudo neste tipo de viagens de longa duração efectuadas em grupo, utilizem os cintos de segurança, acabando por fiar-se nas dimensões do veículo que conferem um falso sentimento de segurança.

Não é possível, certamente, saber quantas vidas poderiam ter sido salvas se todos os ocupantes estivessem sentados e com os cintos devidamente apertados, mas, a avaliar pelo número de vítimas projectadas, algumas teriam sido salvas ou sofrido ferimentos menos graves.

Neste momento, é tarde para grande parte dos ocupantes deste autocarro, mas ainda é possível que a lição seja aprendida e, no futuro, haja menos vítimas a lamentar caso um acidente com características semelhantes volte a ocorrer.

Vamos, pelo menos, aprender algo com esta tragédia, pois só assim se pode homenagear os que nela perderam a vida.

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