Uma helicóptero do INEM em voo
Na mesma altura, a ministra convocou para esta segunda-feira uma reunião dos directores regionais do INEM, esperando-se no seu termo a divulgação quer dos motivos da demissão do presidente, quer de soluções que visem resolver os manifestos problemas que se têm verificado na área das urgências, dos quais temos vindo a relatar alguns dos mais graves.
A demissão do presidente do INEM, surge na sequência de uma longa sucessão de incidentes nos quais estão envolvidos meios de socorro desta instituição, mas uma análise mais profunda pode apontar para outros responsáveis e reduzir a importância desta decisão governamental.
Efectivamente, não foi da autoria do INEM ou do seu presidente a ideia de que é possível substituir urgências, para as quais não foram criadas alternativas, por meios de socorro, pelo que, mesmo admitindo, no limite, que terá havido alguma forma de cumplicidade, a génese do problema reside nas opções políticas do Governo e não nas decisões operacionais dos técnicos.
A substituição do presidente do INEM poderá, eventualmente, permitir introduzir um conjunto de alterações e de melhoramentos, mas é ilusório pensar que resolve os problemas de fundo que foram crescendo proporcionalmente ao encerramento de unidades de saúde no Interior do País.
Espera-se que esta não seja apenas uma alteração cosmética, uma simples manobra de diversão que se destinaria a ocultar as consequências trágicas de uma reestruturação do mapa dos serviços de saúde onde os encerramentos antecipam em largos meses a abertura das prometidas alternativas.
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