segunda-feira, setembro 22, 2008

A criminalidade da moda - 2ª parte


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Automóveis novos para apoiar conceitos velhos

No entanto, analizando quer os métodos, quer os resultados destas operações policiais, pode-se concluir que apenas a pequena criminalidade é marginalmente afectada, com uma predominância para casos de condução ilegal ou sob o efeito do álcool, pequenas apreensões de droga ou a confiscação de um reduzido número de armas que, mesmo sendo ilegais, dificilmente terão relação com algum tipo de crime para além da sua posse.

A grande criminalidade, organizada e profissional, dificilmente se previne com o aumento do número de efectivos das forças de segurança, mas sobretudo através de uma postura dos eventuais alvos, que devem adoptar as medidas e os procedimentos que minimizem o risco, e de uma investigação criminal eficaz, que alie a competência à rapidez e permita a detenção de quem perpetra crimes graves.

Será dos aparentes problemas a nível da investigação criminal, aliado a um conjunto de regras e práticas processuais, que resulta numa sensação de impunidade que, essa sim, tende a estimular a prática de crimes graves por parte de organizações com alto grau de especialização, os quais não diminuem substancialmente em função da prevenção, mas, sobretudo, de uma resposta rápida e eficaz de quem investiga.

Os lamentáveis exemplos da investigação do desaparecimento de Maddie McCann, dos assassinatos relacionados com os negócios da noite no Porto, do atentado no bar "O avião", para citar apenas alguns dos casos que continuam em aberto passados largos meses, são exemplo das dificuldades em investigar crimes complexos e das deficiências organizativas e operacionais da investigação criminal em Portugal.

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