O suicidio de um sargento-ajudante da Guarda Nacional Republicana (GNR), ocorrido no passado domingo, eleva para três o número de militares desta força militar que escolheram por fim à vida desde o início deste ano.
Este militar, com 22 anos de serviço, prestava serviço como enfermeiro na Unidade de Intervenção da GNR, era considerado como alguém sempre disposto a ajudar, mas que reclamava contra as mudanças actualmente em curso e encontrava-se separado da segunda mulher há mais de um ano.
Anteontem, este militar, que aparentemente se queria reformar e abrir uma clínica com dois sócios, escreveu uma carta a cada uma das duas ilhas, outra à GNR e colocou um braseiro no quarto da sua casa perto de Sesimbra, resultanto na morte num ambiente saturado de dióxido de carbono.
O método usado, ao alcance de todos, e não uma arma, demonstra que, uma vez tomada a decisão não será a falta de acesso a armamento que previne o suicídio, algo que já tinhamos mencionado num caso recente e contraria as declarações da Associação dos Profissionais da Guarda, que sugeriu que os militares deixassem as armas nos postos ou unidades quando saissem de serviço.
O elevado número de suicídios na GNR já nos levou a reflectir sobre o assunto por diversas vezes, em textos onde é abordada a problemática do suicídio nesta força militar, mas também a sua incidência num conjunto de profissões e alguns dos factores de risco que aumentam a probabilidade de um dado indivíduo se suicidar, pelo que sugerimos a sua leitura ou releitura dado, infelizmente, ganharem hoje uma nova actualidade.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
O suicidio do Paulo nada teve a ver com o facto de ser um GNR...teve sim, que ajudava sempre quem precisava e a verdade vem sempre ao de cima!!! Até sempre amigo
Enviar um comentário