Bombeiros em acção no Verão de 2005
"Enquanto a floresta não for economicamente rentável, cada ano temos a floresta num estado pior e o risco de incêndio será maior. À secura do solo do ano passado há a somar a secura do solo deste ano. O risco de 2006 tende a ser superior ao que tínhamos em 2005", disse o Ministro António Costa na Comissão Parlamentar Eventual de Fogos Florestais.
No entanto, sublinhou que este ano passa a ser possível saber com dois dias de antecedência os índices de risco de incêndios florestais, "o que permitirá movimentar melhor os meios" de combate, enquanto em 2005 este índice era calculado apenas com um dia de antecedência.
António Costa criticou ainda o serviço de divulgação feito no ano passado através dos orgãos de comunicação social, comentando que " do índice de risco de fogos florestaisa informação que era dada era constantemente desactualizada, porque a cassete tinha de chegar às televisões na véspera e continha a informação do risco do dia anterior" e garantindo que tal não se voltará a repetir.
Se bem que antecipar a informação em 24 horas seja positivo, o essencial é como vai ser utilizada esta informação e se na sequência desta serão tomadas as decisões necessárias, como a "movimentação de meios" mencionada pelo Ministro, muitos dos quais ainda esperam reparação após os danos sofridos no Verão de 2005.
Por outro lado, é preocupante que seja, desde já, anunciado um maior risco para este Verão, quando comparado com o do ano passado, pois tal pode não passar da antecipação de uma justificação para um eventual insucesso na luta contra os incêndios florestais.
Nestes últimos meses, temos vindo a assistir ao anúncio de uma série de medidas na área da prevenção e combate aos fogos florestais, muitas das quais nos parecem erradas, mas em contrapartida não há sequer a reposição do material perdido, essencial ao sucesso da campanha do Verão deste ano.
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