Cerca de 300 organizações de 29 países europeus, incluindo Portugal, criaram um "site" na Internet para ajudar a combater o crescente número das crianças desaparecidas e exploradas sexualmente.
O "Childoscope", é financiado pela União Europeia, sendo representado em Portugal pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), que tem já um serviço com uma valência específica para a questão das crianças desaparecidas, o SOS Criança.
Só em 2005, o SOS Criança registou informações do desaparecimento de 48 crianças e jovensem Portugal, 23 do sexo masculino e 25 do feminino, segundo um comunicado do IAC, no qual não são referidas quantas foram recuperadas.
Estas denúncias foram apresentadas por correio electrónico, telefone e através do apartado e o tipo de desaparecimento foi na sua maioria por rapto parental ou fuga, tendo ainda havido três casos de rapto por terceiros.
O Directório Interactivo Europeu "Childoscope", iniciado em 2003, foi agora transformado numa plataforma que inclui uma agenda de acontecimentos europeus e uma secção de publicações temáticas.
Mais de 280 organizações não governamentais passaram assim a estar ligadas virtualmente em 29 países distintos, partilhando práticas e disseminando informação e comunicação em tempo real sobre o combate ao fenómeno das crianças desaparecidas e exploradas sexualmente.
Sob a iniciativa da presidência belga em Setembro de 2001, o Conselho da União Europeia adoptou uma resolução relativa ao contributo da sociedade civil na busca de crianças desaparecidas e sexualmente exploradas e, na sequência desta resolução, um conjunto de organizações não governamentais decidiu desenvolver este directório para reforçar a sua capacidade operacional.
Este é um complemento das páginas tradicionais sobre crianças desaparecidas, como as existentes em Portugal ou as pertencentes à Polícia Judiciária, oferecendo uma capacidade de pesquisa mais abrangente, absolutamente necessária para combater este tipo de crime que tende a ultrapassar as fronteiras nacionais.
Relativamente à situação portuguesa, sabemos que a Polícia Judiciária não encerra processos sem que as crianças desaparecidas sejam localizadas, mas o facto de não actualizar as fotografias, com base nos programas informáticos actualmente existentes e no trabalho de especialistas, acaba por comprometer o esforço de divulgação junto do público.
Assim, aqui fica a nossa sugestão, para que, periodicamente, as fotografias sejam manipuladas, de modo a representar a imagem da criança desaparecida com o aspecto que terá actualmente, muitas vezes já como adolescente ou adulto, em vez de manter inalteradas fotos que provavelmente já nada têm a ver com a realidade e de pouco podem ajudar numa identificação.
Este esforço também demonstrará às famílias e amigos que o caso não está esquecido, lembrará à sociedade em geral e aos criminosos em particular que a investigação continua e servirá como afirmação de uma solidariedade que também aqui manifestamos.
Não sendo o objecto principal deste espaço de reflexão, pela solidariedade que é devida a quem é vítima deste situação, convidamos os nossos leitores a visitarem o "site" desta organização e a inteirarem-se das actividades que esta desenvolve, apoiando-as e divulgando-as sempre que possível.
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