domingo, março 26, 2006

Helicópteros adquiridos só em 2007


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Helicóptero em combate a incêndios na Austrália

Os 10 helicópteros ligeiros e médios que o Governo pretende adquirir para combate aos fogos devem custar, de acordo com o sub-secretário de Estado da Administração Interna, entre 50 e 70.000.000 de euros.

Ao concurso, lançado em Novembro, concorreram 8 consórcios europeus e norte-americanos e a conclusão do negócio está prevista para o próximo mês de Abril, mas os helicópteros apenas serão entregues em 2007.

Como disse ontem ao Correio da Manhã o sub-secretário de Estado da Administração Interna, Rocha Andrade, "o mais seguro é afirmar que estes 10 helicópteros estarão operacionais em Janeiro do próximo ano: durante a designada época de fogos cumprem a sua missão, no resto do ano podem executar qualquer outra missão de interesse público".

Rocha Andrade confirmou, ainda, que este ano os meios aéreos alugados vão estar operacionais a partir de 15 Maio, e que no pico da época de fogos, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, estarão operacionais 50 meios aéreos.

Estes meios foram também alvo de concurso de carácter plurianual e, ainda segundo Rocha Andrade, "o seu custo andará nos 23 ou 24.000.000 de euros".

Entre as novidades para este ano, o mesmo governante anunciou a distribuição, já a partir desta semana, dos 5.000 equipamentos especiais de protecção de bombeiros que mencionamos o mês passado, a que acrescem mais 3.000 no próximo ano, os quais serão distribuídos pelo País "de acordo com as indicações das necessidades mais prementes das corporações e dos responsáveis distritais".

Rocha Andrade, que presidiu à entrega das comparticipações para às vítimas dos incêndios no distrito de Aveiro, repetiu o mesmo discurso do ministro António Costa, salientando que a detecção e primeiro ataque aos fogos será, a partir deste ano, da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana.

A primeira intervenção, "de preferência nos primeiros 15 minutos", será feita por 320 homens do Grupo de Intervenção, Prevenção e Socorro (GIPS) da GNR que vão ser distribuídos pelos cinco distritos de maior risco de incêndio, para poderem actuar como grupos de primeira intervenção helitransportada, sendo que nos restantes distritos a responsabilidade continuará a ser dos bombeiros.

Temos, portanto, mais uma medida que é anunciada agora para ser concretizada, na melhor das hipóteses em 2007, altura para que está prevista a chegada dos helicópteros.

Interrogamo-nos, logicamente, se valerá a pena fazer o concurso nesta altura, pois não é possível prever se a opção agora tomada, mesmo sendo correcta neste momento, ainda será a melhor dentro de meses, na altura da aquisição, sendo então natural que se anule este processo e se inicie um novo com os inerentes custos para todos.

Este é um processo a que estaremos particularmente atentos, de modo a que, caso se verifique que este anúncio não passa de mera propaganda, com custos para todos, não caia no esquecimento público.

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