Site dos Bombeiros Sapadores de Coimbra
As viúvas destes homens, recentemente homenageados na sua terra, ponderaram faltar à homenagem oficial, em protesto pela forma como têm sido tratadas, por sentirem-se esquecidas e ainda não terem recebido a totalidade das indemnizações a que têm direito.
Segundo apurou o Correio da Manhã, o seguro de vida, fixado em 75.000 euros para cada família, não foi pago, porque a seguradora alega não poder desbloquear a verba enquanto o Tribunal de Mortágua não emitir o auto de ocorrência relativo aos acontecimentos de 28 de Fevereiro de 2005, no lugar de Vale de Paredes.
Um ano depois, continuam por pagar os funerais dos quatro bombeiros e duas viúvas já foram contactadas pelas agências funerárias para assumirem uma dívida que a Câmara Municipal de Coimbra sempre garantiu que pagaria, sem que tal tenha acontecido até agora.
A indignação das viúvas prende-se também com a falta de aconselhamento jurídico, com o acompanhamento psicológico que consideram insuficiente e com a não criação de um grupo de trabalho para as apoiar, que tinha sido prometido pela autarquia após o acidente.
De acordo com a legislação em vigor, os filhos dos bombeiros mortos pelo fogo em Mortágua têm direito a bolsas de estudo, que vêm recebendo desde Maio do ano passado.
A mensalidade equivale a 25% do salário mínimo até ao 9.º ano de escolaridade, sobe depois para 50% durante o secundário e fixa-se em 100% durante o ensino superior.
A actual situação financeira das viúvas é difícil, o que sustenta os argumentos de Fernando Curto, da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, que vem defendendo uma revisão das indemnizações a atribuir às famílias em caso de tragédia, de modo a garantir-lhes a subsistência nas mesmas condições.
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