segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Ministro apela à contribuição popular contra os fogos


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Land Rovers em passeio numa floresta

O Ministro da Administração Interna apelou, na passada semana, à participação dos portugueses na protecção do ambiente e da natureza, em especial contribuindo para evitar a ocorrência de fogos florestais.

Trata-se exactamente do mesmo governante a quem apelamos, sem sucesso, no sentido de divulgar propostas concretas que visem contribuir para a solução deste flagelo que anualmente varre o País, que agora faz um apelo que, na prática, não concretiza.

Já insistimos inúmeras vezes na necessidade de mobilizar as populações através de programas estruturados, devidamente enquadrados e onde os participantes possam receber a necessária formação, indispensável a uma acção eficaz.

Sem a participação através de programas devidamente estudados, para além da desmotivação de quem quer, mas não sabe como participar, existem os riscos acrescidos da falta de preparação e a ineficácia derivada da inexistência de coordenação.

Apelando à colaboração de todos, mas sem referir como, nem criar programas que dêm o necessário enquadramento, estamos perante uma atitude estéril, mas de consequências potencialmente perigosas, caso haja voluntários que tentem auxiliar sem o apoio de entidades capazes de prestar o necessário suporte.

Assim, podemos concluir que, se não houver preparação e enquadramento, será melhor que não haja envolvimento directo das populações, do que correr o risco de assitirmos a sucessivos acidentes, cujas consequências poderão ser extremamente graves.

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