terça-feira, fevereiro 28, 2006

A "eprom" - 1ª parte


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Programador de eproms e "socket" adicional

Todos os processadores necessitam de ler instruções de funcionamento a partir de uma memória.

Para que esta seja permanente recorre-se a um integrado onde as instruções, uma vez escritas, não sejam modíficáveis durante o seu processamento.

Para tal recorre-se a uma "eprom", sigla inglesa de "erasable programmable read only memory".

Este contentor de informação apenas pode ser apagada com raios ultra-violeta, sendo extremamente difícil que de outra forma veja a sua informação perdida ou corrompida.

O conteúdo de uma "eprom", lido por um programador, aparenta-se a longas páginas de valores hexadecimais tal como as que apresentamos num texto anterior.

No entanto, para que os dados sejam facilmente interpretáveis recorre-se a programas desenhados para o efeito, obtendo uma curva a partir da qual se podem fazer as necessárias alterações.

Noutros casos, o programa pode oferecer uma visão tridimensional dos mapas, onde diferentes cores indicam zonas previamente modificadas, valores já testados, etc.

Dada a extrema importância de a gestão electrónica seguir instruções correctas para protecção dos orgão mecânicos do motor, são feitas verificações ao conteúdo da "eprom" sempre que o motor é ligado.

A verificação da integridade dos dados é feita através de uma operação de "checksum", que corresponde a fazer o somatório dos valores hexadecimais contidos na "eprom" e compará-los com o valor gravado numa determinada posição.

Caso estes valores não coincidam, aparece na maioria dos automóveis uma luz vermelha no painel de instrumentos correspondente a um aviso de "check engine" e inviabilizando o funcionamento do motor.

Por outro lado, sem que a informação da "eprom" seja apagada previamente, esta não pode ser reescrita, necessitando para tal de ser instalada num equipamento próprio, genericamente designado por "eprom-eraser" antes de ser reprogramada.

Este dispositivo pode ser substituido por uma simples lâmpada de ultra-violetas, mais económico, mas sem os sistemas de temporização dos apagadores profissionais.

Actualmente os modelos de "eprom" mais difundidos para guardar as informações de gestão de motores, são os seguintes modelos:

27C128 - Capacidade de 16.384 por 8 bits e com 28 pinos, num total de 128 Kb

27C256 - Capacidade de 32.768 por 8 bits e com 28 pinos, num total de 256 Kb

27C512 - Capacidade de 65.536 por 8 bits e com 28 pinos, num total de 512 Kb

27C1024 - Capacidade de 131.072 por 8 bits e com 28 pinos, num total de 1 Mb

Destes conjunto, a segunda e terceira são, de longe, as mais utilizadas actualmente, enquanto outros modelos, de menor capacidade, estão em desuso por não comportarem todas os dados necessárias ao funcionamento do motor.

Entre estas encontram-se as 27C16, 27C32 e 27C64, as quais são, exteriormente, idênticas aos modelos actualmente em uso.

Existem ainda "eproms" de outras famílias, tipo "flash", que permitem actualizações e estão disponíveis em alguns dos modelos de veículos mais recentes, desempenhando, no entanto, funções idênticas às das suas congéneres mais antigas.

No próximo texto, continuaremos a abordar a questão das "eproms" e dos seus conteúdos.

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