O Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) anunciou a expansão a nível nacional do sistema de informação de prevenção florestal, que permite uma maior rapidez na gestão de alertas de fogos florestais.
Este sistema de informação de prevenção florestal funcionou a nível experimental e áreas delimitadas, sendo intenção do MADRP alargá-lo agora a todo o País.
Segundo uma nota do MADRP, este sistema tem por objectivos "uma melhoria contínua da gestão de alertas, a coordenação e difusão da informação com vista a uma mais rápida actuação do combate e consequente diminuição da área ardida".
Para além de implementar um sistema automatizado de informação e comunicações centralizado, o sistema permitirá reduzir os custos operacionais de gestão na prevenção, vigilância e detecção de fogos florestais.
Este sistema integra a Rede Nacional de Postos de Vigia, que conta actualmente com 240 postos, os quais garantem a interligação com os centros Distritais de Operações de Socorro, com a Guarda Nacional Republicana, com o Sistema de gestão de Incêndios Florestais e com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Este projecto vai ser apresentado hoje, terça-feira, numa cerimónia que contará com a presença do ministro da Agricultura, Jaime Silva.
Este projecto, basicamente, consiste em redefinições procedimentais, mais do que em qualquer inovação substantiva e visa, sobretudo, enviar a mensagem política do empenho do MADRP na prevenção dos incêndios florestais.
Lembramos que ainda ontem o ministro da Administração Interna (MAI) aludiu à necessidade de um maior esforço de prevenção, pelo que era de esperar uma resposta dos ministérios que têm a missão de desenvolver projectos nesta área.
A resposta do MADRP surge, no entanto, como francamente insuficiente, a nível de uma redenominação de meios e da sua intergração que, em termos práticos, não traduz uma política nova e proactiva, só possível através de projectos de reordenamento.
Ao invés, o MADRP limita-se a implementar um sistema não preventivo, mas reactivo, que na eventualidade de um incêndio poderá enviar um alarme que, esperamos, seja um pouco mais rápido do que até agora.
No entanto, a questão dos sistemas de alarme e alerta, por serem reactivos, não nos parecem deverem integrar-se numa política de prevenção, mas num primeiro esforço de combate, pelo que deveriam estar na dependência do MAI, cabendo ao MADRP implementar projectos a nível verdadeiramente preventivo, dando o necessário apoio a iniciativas de reflorestação e de silvicultura e a nível do ordenamento do território.
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