sábado, outubro 21, 2006

Vai ser criada uma nova companhia de GIPS


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Resultados de um fogo posto

O ministro da Administração Interna (MAI), António Costa, anunciou esta quinta-feira a criação de, pelo menos, mais uma companhia com 120 homens, para o Grupo de Intervenção Protecção e Socorro, (GIPS), da Guarda Nacional Republicana (GNR).

A nova unidade vai estar baseada em Braga e Viana do Castelo, como elemento integrado no dispositivo de combate aos incêndios.

Para além desta companhia, com base no Norte, o titular do MAI espera poder formar uma outra, faltando a confirmação da dotação orçamental para poder fazer avançar esta segunda unidade, que elevaria o total de elementos do GIPS para perto de 500, como noticiamos recentemente.

No termo de uma reunião como o comandante-geral da GNR, António Costa, sublinhou o balamço positivo que faz da actuação do GIPS durante o combate aos incêndios deste Verão, afirmando que esta era já uma "aposta ganha".

Durante o Inverno, época em que não se verificam incêndios, o GIPS vai complementar o treino recebido com formação noutras áreas de intervenção e socorro, como o salvamento em situações de catástrofes de sismos ou cheias.

Respondendo às críticas feitas por Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que considera que o envolvimento da GNR no combate a incêndios é uma duplicação de meios, António Costa pretende que a questão está "ultrapassada" e que o "Estado tem de ter um contributo próprio na protecção civil", sublinhando que "todos somos poucos" no combate aos fogos.

Já equacionamos a questão do destino ou da utilidade dos GIPS fora da época de incêndios e continuamos a defender a semi-permanência desta estrutura, de modo a que fosse activada durante as fases mais críticas e que durante os restantes meses do ano os militares prestassem serviço nas respectivas unidades e formassem novos elementos.

Sendo partidários da existência de corpos de bombeiros total ou parcialmente profissionalizados, a quem deve caber a incumbência do combate aos fogos, consideramos que os elementos das forças de segurança, nomedamente da GNR, devem ter o treino e o equipamento necessário para constituirem uma reserva estratégica móvel, capaz de actuar em caso de catástrofe ou como reforço dos meios de primeira intervenção.

A opção por colocar cada vez mais elementos da GNR nos GIPS, desguarnecendo as suas unidades e privando as populações da segurança que estas prestam, é uma opção que consideramos errada e que apenas pode corresponder à vontade política de dispor de uma força directamente dependente do poder central, independentmente do facto de tal não corresponder à melhor alternativa na utilização dos sempre escassos recursos disponíveis.

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