sexta-feira, outubro 20, 2006

Vai ser elaborada uma Carta Nacional de Risco


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Carta de risco de incêndio florestal de Sernancelhe

Resultante de uma parceria entre o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e a Escola Nacional de Bombeiros (ENB), vai ser elaborada uma Carta Nacional de Risco, que será a base para a actualização do Plano Nacional de Emergência, em vigor desde 1994.

Esta nova Carta, que deverá estar concluida dentro de, pelo menos, dois anos, contarará com a colaboração de especialistas nas várias áreas e vai abranger riscos tão diversos como a criminalidade organizada, terrorismo ou problemas informáticos.

Para além de um levantamento nacional, serão integrados diversos trabalhos e estudos de carácter regional já realizados, como a nível de risco sísmico bem como estudos nacionais existentes, como a Carta de Risco Florestal.

Um despacho do secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões deu ao SNBPC instruções para colaborar com a ENB, constituindo um grupo de trabalho que inclui o vice-presidente com a área do Planeamento, Manuel João Ribeiro, que já dirigiu o SNBPC.

A primeira reunião deste grupo já se efectuou, sendo prioritário elaborar um orçamento e um plano de finaciamento que sustente uma projecto complexo e de longa duração, capaz de susbstituir o plano actual, demasiado desactualizado em termos de riscos e inadequado à actual estrutura organizacional.

No novo plano pretende-se o recurso a novas tecnologias de georeferenciação e comunicações e o alargamento a novos perigos que integrarão o futuro Plano Nacional de Emergência do SNBPC, que deverá dar os primeiros passos em 2007.

As cartas de risco, sendo instrumentos imprescindíveis para o planeamento, devem ser elaboradas com o detalhe suficiente que permita não apenas opções estratégicas, mas decisões a nível táctico por parte dos comandantes operacionais.

Desta forma, para além do recurso a um sistema de georeferenciação, é necessário conceber um "interface" prático, capaz de posicionar sobre uma carta os vários riscos, com a possibilidade de os integrar ou separar conforme as necessidades.

No passado, para obviar às demoras, propusemos um sistema mais simples mas capaz de ser implementado no terreno, onde áreas consideradas de risco pudessem ser sobrepostas a um mapa militar em formato digital, cabendo ao "software" dar os alarmes quando o portador do equipamento se encontrasse no interior de uma zona assinalada.

Este sistema simples, interactivo porque permite ao portador actualizar os dados no terreno, compatível com os "standards" de mercado, de forma a facilitar a portabilidade, foi proposto a uma empresa que desenvolve o conhecido CompeGPS, conforme noticiamos oportunamente, esperando que as sugestões propostas venham a ser englobadas numa próxima versão deste popular programa de orientação.

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