sábado, janeiro 20, 2007

ANACOM vai investigar falha no 112


Image Hosted by ImageShack
Ambulância durante uma emergência

A Autoridade Nacional para as Comunicações (ANACOM) vai investigar as razões que levaram à interrupção na passada quarta-feira do 112 em Lisboa, Porto e Viseu e analisar por que razão não foram activadas medidas de contingência adequadas.

A falha deu-se às 16:33 e até às 17:15 quem ligasse para o 112 apenas ouvia o sinal de impedido, até que as chamadas passaram a ser encaminhadas para os Comandos Metropolitanos da Polícia de Segurança Pública.

Pelas 17:33, a situação voltou ao normal e o 112 voltou a receber as chamadas de emergência efectuadas nestes distritos.

Segundo o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Cunha Ribeiro, a interrupção do serviço no 112 "ocorreu por causa de uma falha na unidade central de um comutador de voz".

A Oni ganhou recentemente o concurso público que lhe permitiu começar a explorar, desde Janeiro deste ano, o serviço fixo de telefone do INEM nos distritos afectados, continuando os restantes sob a responsabilidade da Portugal Telecom (PT).

A PT é, no entanto, a detentora das linhas, sendo que à Oni cabe a exploração de uma infraestrutura que não lhe pertence e sobre a qual não tem a capacidade de intervir directamente.

Por outro lado, é necessário esclarecer se a portabilidade, ou seja a transferência de um mesmo número de um para outro operador, tal como ocorreu nestes distritos, não poderá ter afectado a operação e o encaminhamento de chamadas para o 112.

A Oni já assumiu a responsabilidade pelo sucedido, mas este incidente levanta dúvidas quanto à solução de haver concursos distritais de que resulte a adjudicação a mais do que um operador, dada a possibilidade de problemas de interligação e encaminhamento das chamadas de emergência.

Esta interrupção do serviço, que se vem juntar a outras falhas que ocorram em zonas do Interior, vem reforçar a necessidade de dispor rapidamente do futuro sistema integrado de comunicações de urgência, designado por SIRESP, que há muito é discutido, mas cuja implementação é sucessivamente adiada.

No entanto, mesmo antes que o SIRESP esteja operacional, impõe-se uma solução de recurso fiável e redundante, capaz de activar um circuito alternativo sempre que se verifique uma falha do sistema principal.

A inexistência desta redundância e activação automática, que existe em inúmeras instituições ou entidades, é o facto para o qual não encontramos desculpa dada a extrema importância de manter em permanência o 112 disponível em todo o território nacional.

Sem comentários: