Um Be-200 sobrevoa a costa italiana
Esta última afirmação é, no mínimo, curiosa, pois a empresa que representa o Beriev, a Joint Stock Company Beriev Aircraft Company (JSCBAC), apenas foi admitida condicionalmente, devido a questões relacionadas com documentação, à falta de certificação pelo INAC deste modelo e ao facto de estar sedeada fora da Comunidade Europeia, não se sabendo se o outro concorrente, a Aeronorte, que concorreu com o mesmo avião, pode disponibilizar o modelo em causa.
Lembramos que após uma primeira data, houve um adiamento, a que se seguiu um recurso hierárquico, tendo o concurso sido adiado para a passada 6ª feira, sendo que os problemas com o concorrente representante do Beriev podem ser insanáveis.
Desta forma, dado que ambos os concorrentes apresentaram o mesmo modelo e que um, o representante da marca, foi excluido, a adjudicação foi efectuada ao outro concorrente, a Aeronorte, que participou, aparentemente, sem o conhecimento da própria Beriev.
Entretanto a JSCBAC recorreu hierarquicamente, para o próprio titular do MAI que, presume-se, ainda não deve ter respondido ao recurso.
Assim, o imbróglio continua quando o títular do MAI garante que se vai alugar o Be-200, dado que, mesmo que recuse o recurso da JSCBAC, não pode antecipar que o vencedor poderá fornecer o Beriev, deixando assim sem participantes efectivos este concurso.
4 comentários:
Caro Nuno,
o concurso para aluguer de aviões "pesados" continua um imbróglio como aptamente o descreveu mas já se procedeu à abertura das propostas e verificou-se que ambos os concorrentes propõem o Be-200, pelo que o ministro não está propriamente a meter o pé na argola.
Pode ver mais detalhes sobre o assunto neste artigo.
Obrigado Ricardo.
Já corrigi o texto.
Um abraço
"A Aeronorte propôs pelo aluguer de cada avião 2,339 milhões de euros, valor que inclui 100 horas de voo, e para hora adicional 17.549 euros." E são 2. Nada barato. E ainda por cima a Beriev diz que não cede os aviões à representante, a AeroNorte.
Isto tá bonito, tá. Nunca me teria passado pela cabeça que a Beriev pudesse concorrer, passando "por cima" da sua representante.
Business as usual eheheh
Cada vez mais habitual e se a Beriev propôs um preço superior ao limite do caderno de encargos, é porque estava certa de ganhar e de não haver alternativas.
Os concursos feitos à medida são assim e os resultados estão à vista.
Agora, quase de certeza, vamos para mais um ajuste directo que penaliza o Estado.
Não conheces ninguém no Parlamento que coloque estas questões incómodas mas de que ninguém fala?
Um abraço
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