Um Beriev Be-200 perto de um rio
Desde o dia 29 de Julho, os dois aerotanques pesados efectuaram 47 missões de combate a incêndios florestais, correspondentes a 110 horas de voo, durante os quais lançaram 1.900.000 litros de água sobre as chamas.
A missão dos aparelhos e das tripulações russas em Portugal foi avaliada positivamente pelo Ministério para Situações de Emergência da Rússia, entidade responsável pelas especificações dos Beriev Be-200 e que os tem vindo a utilizar desde que estes ficaram operacionais.
Num ano em que, segundo dados da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, a área ardida e o número de ocorrências foi o mais baixo dos últimos anos, os Be-200 acabaram por ser muitas vezes utilizados em fogos cuja dimensão dicilmente justificaria o recurso a este tipo de meios, pelo que a avaliação do seu desempenho não será fácil.
Relativamente ao aparelho em sí, dado que avaliá-lo pela sua actuação em 2007 nos parece impossível, já nos pronunciamos por diversas vezes, não tendo as autoridades portuguesas disponibilizado informações suplementares ou corrigido dados anteriores de modo a que se possa ter uma ideia mais exacta da adequação dos Be-200 ao território e à orografia portuguesas.
Recordamos que dados da maior importância, como os pontos de tomada de água, continuam a ser uma incógnita, dado que houve uma manifesta tendência para repetir os locais, nem conhecemos nenhum caso em que o Be-200 tenha sido abastecido no mar, como chegou a ser previsto pelas autoridades portuguesas.
Assim, poucos dado se podem acrescentar aos do ano de 2006, sendo que a informação que deveria ter sido recolhida de modo a poder ser utilizada no futuro concurso para a aquisição de meios pesados continua a ser escassa.
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