terça-feira, outubro 09, 2007

Demitiram-se os dois administradores iniciais da EMA


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Um Kamov Ka-32 russo

Os restantes elementos da administração inicial da Empresa de Meios Aéreos (EMA) EP apresentaram o sue pedido de demissão, seguindo-se ao do anterior presidente, efectivado a 26 de Julho.

Depois de José Vilaça, sairam agora o coronel Henrique Valadas Vieira, que asegurava a coordenação da área operacional e Francisco Soares, responsável pelo sector administrativo e financeiro da EMA.

Também foi revelado pelo actual presidente da EMA, Rogério Pinheiro, que os dois administradores que agora sairam de funções já tinham manifestado a intenção de abandonar a empresa quando o titular do Ministério da Administração Interna era António Costa, mas que acordaram em manter-se em funções até ao fim da "Fase Charlie".

Embora a tutela não tenha confirmado as razões de mais estas demissões, faz todo o sentido que sejam idênticas às apontadas por José Vilaça que, segundo as informações disponíveis, estavam relacionadas com a falta de meios humanos, técnicos e com aspectos financeiros relacionados com a forma de financiamento e a realização do capital social da empresa.

Para além destas questões, outras que temos vindo a abordar contribuiram para o desgaste da administração e para os seus elementos considerarem que não havia condições para gerir uma empresa que ainda aguarda que o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) lhe conceda a certificação de operador de trabalho aéreo.

Os atrasos na chegada dos meios e em vários aspectos burocráticos, a falta de certificação europeia dos Kamov, a dificuldade de rentabilizar os meios em actividades comerciais, conforme consta dos estatutos, a que se adiciona a falta de experiência nacional na gestão de uma empresa com esta concepção, acabaram por resultar num início de vida atribulado, controverso e confuso que se espera venha a ser ultrapassado quando a base de Ponte de Sôr estiver completamente operacional.

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