Fogo na Peneda-Gerês (foto TVI)
Neste momento, ainda não é possível saber qual a área ardida, composta essencialmente de mato, estando ainda presentes no local efectivos dos bombeiros para evitar reacendimentos.
Este mesmo incêndio fora dado como extinto na sexta-feira, mas reacendeu na madrugada do sábado, obrigando à intervenção de meia centena de bombeiros provenientes das corporações de Arcos de Valdevez, Caminha e Vila Praia de Âncora que contaram com a ajuda de duas brigadas da força especial de bombeiros, de efectivos da Guarda Nacional Republicana e com o apoio de dois helicópteros.
Tal como no ano passado, em que mais de 3.500 hectares do PNPG foram consumidos pelas chamas, o tempo seco e os difíceis acessos, fruto de uma opção de defesa da floresta errada, dificultaram o combate às chamas e o trabalho de rescaldo dos bombeiros.
Já na segunda metade de Novembro, continua a ser possível registar incêndios que duram vários dias dadas as dificuldades que uma gestão errada e uma política de prevenção absurda criam a quem tenta debelar as chamas e se vê impossibilitado dado a falta de acessos.
Muitas vezes, mais do que o combate em sí, é a impossibilidade de dispor meios nos locais adequados que impede o sucesso no combate, razão pela qual se opta cada vez mais por usar até à exaustão meios aéreos, como forma de compensar todo um conjunto de trabalhos que não são efectuados.
A falta de planeamento, a inexistência de acessos e a desastrosa política de ordenamento do território, que roça a inexistência, tem, portanto, que ser compensada através de dispendiosos meios de combate aos fogos cujo valor de aquisição e custos de operação ultrapassam em muito as verbas necessárias para implementar medidas adequadas que tornem o nosso território menos vulnerável aos fogos.
Infelizmente, a opção continua a ser a de ir pela solução mais dispendiosa e menos eficaz que é suportada pelo aumento da carga fiscal, remédio universal que compensa a irracionalidade a que assistimos.
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