domingo, novembro 11, 2007

Incêndios continuam no Parque Nacional da Peneda-Gerês


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Um incêndio ao anoitecer

Neste dia em que caiu um helicóptero durante uma missão de combate aos incêndios, verificaram-se diversos fogos no Norte do País, alguns dos quais lavraram no interior do Parque Natural Peneda Gerês (PNPG).

Em S. Sebastião da Geira, no Chourense, concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga, um incêndio que começou pelas 03:00 e consumiu mato e pinhal estava circunscrito desde as 12:00, após ter sido combatido por 68 bombeiros apoiados por 18 veículos.

Pelas 11:00, um incêndio de pequenas dimensões em Cabril, no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, queimou algum mato e obrigou à intervenção de quatro bombeiros, apoiados por uma viatura.

Um fogo começou pelas 12:10 em Travassos, no distrito de Viana do Castelo, consumindo zona de mato e era combatido por sete bombeiros e três viaturas.

Já fora do PNPG, foram precisos mais de 100 bombeiros para controlar os quatro incêndios que deflagraram em Armada, também no distrito de Viana do Castelo, e em Castanheira, Várzeas e Quinta de Fornelos, no distrito de Braga.

Finalmente, o incêndio que devastou uma área florestal em Merlães, no concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro, e que teve início pelas 13:15 de sexta-feira, entrou em fase de rescaldo às 09:51.

Igualmente em fase de rescaldo estava o incêndio em mato, que começou pelas 21:38 de sexta-feira em Outeiro, no concelho de Cabeceiras de Basto, distrito de Braga.

Como já mencionamos anteriormente, esta vaga de incêndios fora de época, para usar uma expresão que decorre do ultrapassado calendário oficial, tem vindo a levantar problemas complexos após a desmobilização de grande parte do dispositivo disponível durante o Verão.

A título comparativo, se considerarmos que até ao fim da "Fase Charlie" arderam cerca de 16.000 hectares e depois desta terminar outros 8.000, facilmente se poderá compreender a gravidade da situação e as dificuldades crescentes de que resultou a mobilização de meios adicionais, entre os quais o helicóptero acidentado.

Será exactamente a necessidade de mobilizar mais meios que terá levado a recorrer a pilotos que, independentemente do que afirme o ministro da Administração Interna, não têm a experiência necessária para operar com carga suspensa e nas condições adversas de um incêndio florestal em zonas acidentadas, pelo que a probabilidade de um acidente desta natureza era significativa.

Com o anúncio de mais quatro helicópteros para reforçar o combate aos fogos, teme-se que estes sejam confiados a pilotos com um nível de experiência insuficiente e que daí advenham riscos para os próprios e para quem está em terra e depende do apoio aéreo para o cumprimento da sua missão, pelo que será de nos interrogarmos quanto às decisões políticas que estão por detrás de flagrantes erros operacionais.

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