quarta-feira, novembro 14, 2007

PJ mantém os meios de investigação aos fogos


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GIPS e bombeiros durante o combate aos fogos

Com o mês de Novembro a bater recordes em termos de incêndios florestais, a Polícia Judiciária (PJ) viu-se obrigada a manter os meios de investigação normalmente apenas disponíveis no Verão de modo a averiguar de eventuais causas criminosas.

Tipicamente, no fim da fase mais crítica dos incêndios, parte dos meios da PJ adstritos à investigação de fogos de origem criminosa são realocados, passando a desempenhar outro tipo de missão, mas a excepcionalidade deste ano obrigou a alterar estes planos.

Actualmente, a investigação inicial dos incêndios é da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana, que, caso encontre indícios de crime, entrega a o caso à PJ.

No entanto, tal como acontece durante o Verão, os fogos postos resultantes de acção deliberada ou dolosa são uma percentagem insignificante, enquanto as que derivam de um acto de negligência tendem a ser numerosos, incluindo-se aqui as queimadas que estarão, segundo as autoridades, na origem de grande parte dos fogos ocorridos em Outubro e Novembro.

Desta realidade decorre que, apesar de a PJ ter investigado mais de um milhar de fogos suspeitos, apenas houve 41 detenções, número que é superior às 30 efectuadas no ano passado, quando o número de incêndios foi francamente superior ao de 2007.

A diminuição do número de ocorrências e o aumento do número de detenções revela que houve possibilidade de investigar mais a fundo cada suspeita de fogo posto, facto que deu os seus frutos, não sendo plausível que este seja um crime com tendência a aumentar.

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