sexta-feira, março 28, 2008

Menos dois aviões pesados pagam novos polícias - 2ª parte


Image Hosted by Imageshack
Veículos da Polícia de Segurança Pública

No entanto, o problema vai mais longe e deverá, apesar de não ser o objectivo deste espaço, incluir uma reflexão acerca dos novos efectivos para as forças de segurança.

É manifesto que o problema das forças de segurança não é o número de efectivos, cuja proporção em relação à população é mais elevada do que na maioria dos países europeus, mas a sua organização, os meis disponíveis, a especialização dos seus elementos, a coordenação, comunicação e controle e tantos outros factores que não são devidamente contemplados.

Também não foi revelado quantos elementos das forças de segurança sairão do activo ao longo do periodo de formação dos novos agentes, sendo que, em termos globais, poderemos estar a falar de uma mera reposição das saídas e não de um reforço real.

Lembramos que a investigação de vários dos crimes mais complexos, como o desaparecimento de Maddie McCann, a violência na noite do Porto ou o atentado junto do bar "O avião" continuam sem dar os esperados resultados e quando os ilícitos fogem aos padrões mais habituais os resultados são insuficientes, acabando as investigações por ser abandonadas sem qualquer sucesso.

A maior dissuação, no respeitante a crimes graves e complexos, aqueles que causam alarme social, não é o maior patrulhamento, a única razão para o aumento de efectivos, mas a perspectiva de que os responsáveis serão descobertos, presentes ao poder judicial e condenados, não indo esta opção do MAI no sentido que consideramos o mais correcto.

Esta troca de dois meios aéreos pesados por um suposto aumento de efectivos nas forças de segurança, que não serão tão necessários como a reestruturação destas entidades, surge como errada, substituindo um investimento manifestamente útil por uma aparente maior protecção dos cidadãos que, na verdade, não sentirão qualquer vantagem real nesta medida.

Sem comentários: