segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Bombeiros preparam-se para riscos químicos


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Fato de protecção NBQ

O director da Escola Nacional de Bombeiros está convicto que os bombeiros portugueses estão aptos a dar uma resposta adequada a incêndios como o que deflagrou, em Dezembro passado, no depósito de combustível de Buncefield, que foi resolvido em quatro dias naquela que é considerada a maior intervenção de combate às chamas da história recente da Inglaterra.

O responsável pelas operações de luta contra o incêndio nos arredores de Londres, Mark Yates, esteve Sábado em S. João da Madeira, num encontro que juntou de mais de 400 chefias de corporações de bombeiros de todo o país para discutir os novos riscos tecnológicos.

O terrorismo, a guerra nuclear e os perigos químicos e biológicos foram alguns dos temas abordados da parte da manhã.

"O nosso país não está indefeso", sustentou Américo Mateus, referindo as quatro unidades especiais para acorrer em casos de contaminação química, sediadas em Santa Maria de Feira, Coimbra, Lisboa e Setúbal, que dispõem de equipamento e pessoal especializado.

Formar os bombeiros para avaliarem os riscos, de forma a não actuarem quando não estiverem convenientemente equipados, era um dos objectivos principais objectivos deste encontro.

Esta questão de prevenção e controle de situações NBQ, não obstante estas iniciativas isoladas, continua particularmente descurada e com poucos meios atribuidos, facto patente pela existência de apenas 4 unidades, cada uma delas dependente de um único veículo chave para o seu funcionamento.

Lembramos que, para além do escasso número, uma simples avaria que provoque a imobilização de um destes veículos de descontaminação, como já sucedeu, deixa parte do País sem um mínimo de defesa contra acidentes a nível químico, isto sem mencionar o que sucederia se o incidente fosse, por exemplo, bacteorológico.

Sabendo que esta é uma área em constante mutação, cujos riscos evoluem diariamente, onde os equipamentos ficam rapidamente desactualizados, sendo muitos deles perecíveis mesmo quando submetidos a adequada manutenção, permitimo-nos duvidar da real preparação do País para fazer frente a este tipo de ameaças, pelo que sugerimos um substancial reforço dos meios disponiveis.

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