Land Rover Série 3 da Escola Nacional de Bombeiros
Já apontamos para as deficiências destas instalações consideradas provisórias desde a inauguração em 1998, completamente inadequadas a actividades de formação e que apresentam uma degradação visível.
Para além do mau estado de conservação. que se tem vindo a agravar, a falta de espaço limita o alojamento de formandos, os quais são provenientes de diversas zonas do País, pelo que o Centro tem vindo a reduzir o número de cursos e a limitá-los a aulas teóricas.
Desde há vários anos que a Câmara Municipal de Bragança negoceia a transferência do Centro de Formação para outro local, tendo inclusivé cedido um terreno para o efeito, o que obrigaria à construção de um edifício novo.
Em alternativa, a autarquia sugeriu a conclusão do edifício destinado a uma escola de hotelaria, cuja construção está parada há vários anos, opção que, tal como a anterior, tem elevados custos financeiros.
Entretanto, os municípios de Macedo de Cavaleiros e Vimioso, ofereceram-se para acolher o centro de formação, desbloqueando assim uma situação que parece não ter fim à vista e compromete seriamente a formação de bombeiros no Norte do Pais.
Neste jogo de declarações de intenção, de falta de verbas e de incapacidade de decisão, fica comprometida a formação prática dos bombeiros e, em última instância, a segurança das populações, algo que parece não despertar a atenção de decisores que parecem não se lembrar que um dia podem estar entre aqueles que necessitem de socorro.
A secundarização do socorro, que aparece sistematicamente envolvido em problemas de sub-orçamentação, quando comparado com outras actividades de interesse relativo que são fortemente apoiadas, indicía claramente uma visão distorcida da realidade e uma subalternização dos interesses das populações aos de um conjunto de decisores insensíveis a esta realidade.
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