quinta-feira, maio 10, 2007

Sem formação e planeamento, não há tecnologia que resista


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GPS portátil Magellan eXplorist

Tem-se vindo a assistir a um certo deslumbramento tecnológico centrado nos GPS, como forma de solução para um conjunto de problemas que, normalmente, nem sequer são correctamente equacionados.

Após anos em que o GPS era considerado como um luxo praticamente inacessível e de funcionamento quase incompreensível para a maioria de quem ouvia falar deste recurso tecnológico, a quebra nos preços e a sua disseminação vulgarizaram um equipamento que continua a ser francamente subaproveitado.

Ao contrário do que seria lógico, a esmagadora maioria dos GPS distribuidos não estão integrados em qualquer solução, operando isoladamente e sem que as informações dele provenientes sejam partilhadas por utilizadores ou aplicações e menos ainda consolidada com dados obtidos a partir de outras proveniências.

A aquisição de receptores de GPS, que poderá, em princípio, ser positiva, acaba por não ter os resultados esperados, pelo que os equipamentos tendem a ser pouco utilizados por utilizadores que não receberam a necessária formação para deles tirarem todo o partido.

Ao contrário do que seria lógico, em vez de idealizar uma solução em função de objectivos defenidos que se propõe alcançar, a tendência é a de adquirir equipamentos de forma desconexa, tentando, "à posteriori", enquadrá-los numa estrutura que não foi pensada desde o início para os utilizar e rentabilizar.

Assim, temos vindo a assistir a uma vulgarização do uso de GPS sem que a tal corresponda uma melhoria efectiva na operacionalidade de quem passou a dispor de mais um recurso tecnológico, acabando estes equipamentos por constituir mais um encargo do que uma mais valia, no que pode levar ao abandono da sua utilização.

Temos insistido no recurso às novas tecnologias, mas sempre que estas sejam acompanhadas da necessária formação e integradas numa solução devidamente planeada, sem o que os resultados obtidos serão fracos e desencorajadores, criando a ilusão de que estas de pouco servem na resolução de situações concretas.

Apela-se, portanto, a um esforço na área da formação e do planeamento, qualificando os utilizadores e dando-lhes os meios técnicos e a instrução teórica e prática que, efectivamente, permita por em bom uso o que, de outro modo, será apenas um devaneio de quem não vê mais do que aparências.

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