Sistema de pulverização para montagem em viatura
A apresentação e teste dos equipamentos terá lugar no auditório do Centro de Operações e Técnicas Florestais, às 15:00, seguindo-se um simulacro de incêndio no aeródromo municipal, onde funciona um pólo do Centro de Formação da Escola Nacional de Bombeiros.
Concebida pela empresa alemã AFT (Advanced Firefighting Technology GmbH), a nova tecnologia foi desenvolvida a partir da indústria aeroespacial, tendo sido posteriormente adoptada e aperfeiçoada para o combate aos fogos.
"Os novos equipamentos permitem uma primeira intervenção mais decisiva, mais eficaz e com menos recursos, utilizando aerodinâmica avançada e aplicações da engenharia de fluxos e misturas de água e ar comprimido", explicou a AFT em comunicado.
Segundo a empresa alemã, "esta tecnologia permite criar uma área de superfície de água 50 vezes superior a uma auto bomba convencional, resultando num rápido arrefecimento da zona", explicando que "a névoa gerada expande-se 1640 vezes, tornando inerte a atmosfera em torno do fogo".
"Os equipamentos que vão ser testados são ideais para permitir uma resposta rápida e eficaz dos bombeiros, um dos pilares para solucionar o drama dos incêndios em Portugal", sublinha a AFT.
Segundo o fabricante, a unidade Modular de Ar Comprimido (APM) incorpora um sistema de atomização para água nebulizada e espuma com ar comprimido para combate a incêndio.
O sistema é modular e pode ser ampliado, dependendo das necessidades do cliente. Devido à tecnologia própria utilizada, este sistema combinado é 10 vezes mais potente do que a maioria dos produtos da categoria mais competitiva.
Com um peso de 200 Kg, este sistema de pulverização permite enviar um "spray" de 60º a uma distância de 6-7 metros e um jorro até aos 17-18 metros, com um tempo de operação de até 300 segundos usando o caudal máximo.
Sistema de 400 litros em viatura todo o terreno
Sendo bem vindas, estas novas tecnologias podem deslumbrar alguns, mas não pode fazer esquecer que o problema dos incêndios florestais é estrutural e não depende apenas da sofisticação dos equipamentos disponíveis.
Aliás, em Portugal os gastos com os incêndios são particularmente elevados e os resultados não acompanham estes investimentos, razão pela qual, não esquecendo a importância do progresso tecnológico, se deve olhar mais longe.
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