segunda-feira, maio 15, 2006

Fase Bravo começa hoje


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Juramento de militares do GIPS

Hoje, início da "Fase Bravo", o Grupo de Intervenção de Prevenção e Socorro (GIPS) estará disponível para acorrer a situações relativas com incêndios florestais, bem como outras emergências onde se verifique ser necessária a sua presença.

O GIPS da Guarda Nacional Republicana (GNR) é um corpo profissional, com três centenas de elementos mobilizados dentro da corporação, que actuará em todo o tipo de catástrofes, como incêndios, sismos e inundações, constituindo uma das maiores novidades deste ano no combate a incêndios.

A criação do GIPS traduz a aposta na primeira intervenção que caracteriza a "Directiva Operacional Nacional de Combate a Incêndios", sendo os militares da GNR os primeiros a chegar perto das chamas, transportados por helicóptero.

Se o fogo deflagrar a 15 minutos de voo ou a 25 quilómetros de uma base, será enviado um aerotanque, para complementar o primeiro ataque, enquanto os restantes casos serão avaliados individualmente, tendo em conta as prioridades de protecção, o dano potencial e o valor estratégico da área.

Em terra, de acordo com a "Directiva Operacional", serão mobilizadas as equipas que estiverem mais perto, quais que sejam, aproximando-se outras equipas, em triangulação, para um eventual reforço, que incluirá, em caso de necessidade, máquinas de arrasto e contra-fogos, de modo a dificultar o progresso das chamas.

A criação e a primazia dada ao GIPS no acesso aos meios que permitem ser os primeiros a chegar aos incêndios, tem criado um manifesto mal estar junto dos bombeiros, que criticaram esta decisão não apenas do ponto de vista operacional, mas também em termos económicos, já que os recursos podiam ter sido atribuidos a quem já tem experiência na área do socorro.

Para além do mais, o GIPS apenas actuará em 5 distritos e, devido aos efectivos e às inevitáveis escalas de serviço, acabará por ter em permanência uma disponibilidade muito inferior ao anunciado pelo Governo.

Conforme temos vindo a referir, num sistema de meios crescente, a esta fase seguir-se-à a "Fase Charlie", no período mais crítico a começar em 1 de Julho, onde todo o dispositivo previsto para este ano deverá ser colocado no terreno.

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