domingo, fevereiro 04, 2007

Escuteiros vão vigiar floresta em Aveiro


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Vista de Drave, Base Nacional da IVª Secção

O Corpo Nacional de Escutas (CNE), através da Junta Regional de Aveiro, em conjunto a Associação de Apoio Florestal e Ambiental de Avelãs de Cima (AAFAAV), assinaram um protocolo para a vigilância das serras da freguesia, no mês de Agosto, a ser realizado pelos escuteiros.

Deste protocolo resultará o envolvimento de escuteiros na vigilância das florestas de Avelãs de Cima, cuja área florestal foi dizimada pelos fogos florestais no Verão de 2005, onde serão efectuadas patrulhas de bicicleta de modo a detectar sinais de incêndios.

Os escuteiro participantes, com mais de 14 anos, serão seleccionados em todo o país e desempenharão esta missão durante uma semana após receberem formação adequada "para identificarem, por exemplo, uma coluna de fumo de incêndio nascente ou uma queimada".

O alojamento e alimentação dos participantes nesta actividade serão da responsabilidade do CNE.

Segundo o responsável regional pela Protecção Civil do CNE, Sérgio Pelicano, os participantes vão "também realizar acções de sensibilização com as populações, fazer um levantamento de situações anómalas na floresta e apoiar no que respeita aos sistemas de comunicação".

A participação de escuteiros na vigilância das florestas e na prevenção de incêndios tem uma longa tradição, sendo de um valor incalculável que, infelizmente, não tem tido o devido reconhecimento por parte das autoridades competentes.

Com um maior apoio das entidades oficiais, sobretudo logístico, que envolva meios de transporte e de comunicações capazes de potenciar a acção dos escuteiros, mas também a nível do próprio alojamento e alimentação, os resultados seriam francamente superiores aos obtidos pelos programas de voluntariado jovem para as florestas, que dispoem de um investimento muito mais vultuoso, nem sempre com o esperado retorno.

As questões logísticas ganham um especial relevo quando se sabe que a maioria destes jovens não dispõe de meios de transporte que permitam o acesso a todas as áreas florestais, mas também para que possam ser rapidamente retirados em caso de perigo, sendo que um sistema de comunicações de emergência é absolutamente necessário como garante quer de alertas, quer da segurança dos próprios participantes.

Espera-se, pois, que se verifique uma nova cooperação entre entidades oficiais e o CNE, resultando numa maior apoio às actividades que os escuteiros promovem para a defesa da Natureza, mesmo que para tal seja necessário sacrificar algumas das acções actuais, cujos resultados não têm estado de acordo com os gastos.

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