terça-feira, novembro 07, 2006

Publicidade Land Rover Séries I e II - 1


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No link: imagem com 900 pixels de largura

Com algum atraso em relação ao previsto, começamos hoje a publicar alguma da publicidade que a Land Rover fez aos Série I e II nos anos em que produziu estes modelos.

Esta publicidade foi distribuida sob a forma de anúncios, panfletos ou cartazes, umas vezes isoladamente, outras inseridas em revistas e, em vários casos, inclui espaço para o carimbo do "dealer", de modo a que este pudesse personalizar os folhetos que distribuia.

Optamos por colocar no "link" imagens com 900 pixels de largura, digitalizadas a 200 dpi a partir de um formato A4, de modo a não serem de dimensões excessivas, mas permitirem uma fácil visualização dos detalhes.

Neste primeiro artigo, o primeiro de oito que já estão prontos, escolhemos um modelo de Land Rover algo invulgar que, não obstante a publicidade, nunca conquistou uma grande adesão do público.

A primeira "Station Wagon", um modelo de luxo baseado no Série I, pretendia aliar as vantagens de um veículo de todo o terreno ao conforto de um automóvel, demonstrando preocupações estéticas invulgares entre os Land Rover.

Este modelo polivalente, que seria o S.U.V. da época, destinava-se a uma clientela que não prescindia de um certo estilo mas necessitava de um veículo capaz de se deslocar fora de estrada, embora não em circunstâncias tão extremas como as suportadas pelos Land Rover Série I, em que era baseada.

No entanto, dado que a adesão do público acabou por ser baixa, a produção deste modelo acabou por ser interrompida, sendo que a "Station Wagon" acabou por regressar mais tarde com uma maior identificação com o veículo que lhe serviu de base.

Reflorestação na Serra da Estrela


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Floresta de carvalhos

Começou a recolha de bolotas para a plantação de 1.000.000 de carvalhos no Vale do Zêzere, que para além da reflorestação de áreas destruidas pelas chamas, visa combater a erosão dos solos, aumentar a biodiversidade e aumentar a capacidade de armazenamento de água.

Esta iniciativa, que partiu do projecto "Um milhão de carvalhos para a Serra da Estrela" da autoria de um vigilante da natureza, preocupado com os efeitos dos grandes incêndios e promovida pela "Associação Cultural dos Amigos da Serra da Estrela", foi anunciada pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa,

Este ano, o Parque Natural da Serra da Estrela foi o terceiro mais fustigado pelos fogos, que consumiram cerca de 666 hectares de floresta e mato entre os perto de 10.000 destruidos em áreas pertencentes ao Estado.

Conforme salientamos, apesar da substancial redução de área ardida relativamente ao ano passado, quase 15% dos 72.000 hectares destruidos ocorreu em Parques Naturais, sendo agora imperativo proceder à sua recuperação.

No Parque Nacional da Peneda Gerês, particularmente afectado, estão a ser equacionados diversos apoios, inclusivé a nível comunitário, por iniciativa de eurodeputados e pela pressão de autarcas e entidades regionais, mas as restantes áreas protegidas parecem algo esquecidas pelo poder político a nível central.

Seria normal que as áreas dependentes do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) fossem apoiadas, de forma proporcional aos prejuizos, através de programas comuns promovidos pelo próprio Estado e complementados pela iniciativa das forças vivas de cada região, de forma a que em todas elas, mesmo nas economicamente mais deprimidas, houvesse uma recuperação rápida.

A conjugação dos esforços privado e público é absolutamente necessária, para além de responsabilizar todos na defesa e recuperação de um património natural que é dever perservar, pelo que deve haver complementaridade e coordenação, com o Estado a suprir as carências das regiões onde os recursos locais sejam insuficientes para a recuperação do que foi destruido.

Consideramos que não cabe ao Estado todo o esforço de recuperação, mesmo quando se trata de áreas que este administra, mas é responsabilidade do poder político tomar as medidas em termos de ordenamento e de prevenção que evitem a repetição sucessiva desta devastação, sob pena de ter que assumir em exclusivo os custos que uma população desprovida de recursos já não poderá apoiar.

Infelizmente, sobretudo nas áreas dependentes do ICN, verifica-se uma flagrante falta de capacidade de intervenção, em parte devido aos problemas orçamentais vividos por este organismo público actualmente à espera de reestruturação, mas também derivados de uma falta de políticas sérias na área ambiental, patentes na desorçamentação verificada nos últimos anos e que já mencionamos previamente.

Efectivamente, sem um reforço orçamental ou uma parceria com entidades privadas, que tem que ser avaliada de forma particularmente cuidade de forma a não mercantilizar o património natural, tornando-o apenas acessível a alguns, ou comprometendo-o com estratégias de desenvolvimento baseada numa urbanização desregrada, mesmo as mais valiosas iniciativas, como a aqui mencionada, serão de pouca valia perante a degradação generalizada

segunda-feira, novembro 06, 2006

"Não estamos errados, é a realidade que se engana"


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O profissional: Mohammed Saeed al-Sahaf

Quem não se lembra de algumas frases fantásticas ditas por políticos ou governantes que parecem viver num mundo alternativo ou aparentam ter hibernado por alguns anos?

E quem já esqueceu as justificações surrealistas para fracassos, desaires, faltas de rigor ou de verdade, com que nos deparamos quase diariamente, muitas vezes ditas por acessores ou consultores de imagem pouco experientes, que em nada contribuem para a credibilidade das palavras que dificilmente conseguem pronunciar sem rir?

Só um verdadeiro profissional, com anos de experiência na área da política e das relações públicas consegue, sem hesitações, suprir as falhas de comunicação que impedem o bom entendimento da mensagem, dando-lhe a necessária credibilidade e tranquilizando a audiência pela convicção e serenidade que transmite.

Sem dúvida que após uma breve aprendizagem da língua lusa, o impagável Mohammed Saeed al-Sahaf será a melhor, diriamos mesmo, a única opção para quem necessita de manter a seriedade enquanto contraria as evidências, explicando o inexplicável e dizendo o indizível.

Quando ouvirmos declarações que, pelo seu conteúdo, desmentem toda e qualquer evidência, lembraremos o antigo Ministro da Propaganda e a velha máxima que diz "não estamos errados, é a realidade que se engana", certos de, desta forma, exprimir de forma sucinta a nossa opinião sobre a matéria em causa.

POI66 - Envio de posições de GPS via SMS


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Posicionamento via SMS sobre o Google Earth

Afixar sobre um mapa virtual uma posição geográfica enviada via SMS foi algo que já abordamos, quando escrevemos um texto sobre o GPS2SMS e o SMS2OZI, programa que formata uma mensagem de texto a partir de informação proveniente de um GPS.

Existem, no entanto, outras alternativas que recorrem a sistemas de informação geográfica mais recentes, como o Google Earth, permitndo um conjunto de funcionalidades interessantes.

O POI66 é um servidor destinado a alojar informação provinda de um GPS e enviada via SMS, permitindo aos utilizadores registar e, posteriormente, visualizar um percurso efectuado.

O SMS pode ser enviado a partir de um quipamento com um programa próprio, como um PDA com o GPS.pi instalado, mas também de um simples telemóvel, desde que obedencendo a um conjunto de parâmetros que sejam devidamente entendidos pelo "software" instalado no servidor.

Torna-se, assim possível enviar informação posicional, que ficará armazenada num servidor, a partir do qual poderá ser visualizada pelo próprio, por um grupo autorizado, ou pelo público, sobre um mapa.

A partir deste momento, é possível descarregar o percurso em formato KML, próprio do Google Earth, ou num ficheiro standard GPX.

Também é possível armazenar outro tipo de informação geográfica no servidor, como rotas, percursos efectuados e descarregar os que foram colocados por outros utilizadores.

O servidor está localizado na Holanda e o SMS tem que ser enviado via telemóvel, não sendo posível fazê-lo via Internet excepto recorrendo a um serviço como o SkypeOut, que mencionamos previamente, com custos mais baixos do que fazendo o envio de um SMS para o estrangeiro.

Convidamos os nossos leitores a ler as páginas em inglês do POI66, visitando o "site", para o que necessitam de ter o "browser" configurado de modo a aceitar "cookies", sem o que não é possível visualizar a parte superior do menu onde se encontra a selecção de linguagem.

domingo, novembro 05, 2006

Carregador solar no Dmail


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Carregador solar no Dmail

O recurso a energia solar continua a ser particularmente negligenciado neste País, conhecido pelo elevado número de dias de Sol, pelo que os equipamentos que vão sendo apresentados no estrageiro raramente são conhecidos entre nós.

Actualmente, os paineis de energia solar para baixas voltagens já atingiram preços suficientemente atractivos para serem utilizados em várias soluções, como o carregamento de uma bateria de automóvel ou mesmo de um "power pack" ou arrancador.

A forma de operação do modelo que hoje apresentamos, com apenas 37 x 16.5 x 2.5 cm, é extremamente fácil e basta ligar a ficha na tomada de isqueiro, acendendo-se uma luz quando está a carregar a bateria, que se apaga uma vez que esta atinja a carga normal.

O painel possui uma película especial de silicone que optimiza a conversão da luz solar em electricidade, mesmo nos dias mais enevoados.

Este painel solar destina-se apenas a repor o nível de carga normal e não pode ser usado para recarregar uma bateria que esteja completamente descarregada.

Por um preço de 29.90 euros no Dmail, esta é uma solução interessante para quem deixe o veículo parado por algum tempo e pretenda evitar surpresas desagradáveis.

Falsos alertas de incêndio aumentam


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Telefone de emergência

Já havia a noção de que o número de chamadas falsas tinha atingido percentagens particularmente altas, afectando de sobremaneira as equipas do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR), mas com o fim da "Fase Charlie", os dados começam a ser divulgados e a merecer alguma reflexão.

Usando como exemplo Bragança, registaram-se mais de 500 incêndios, de que resultou a perda de 2.402 hectares de floresta e mato e as autoridades detiveram três incendiários, mas é patente que a causa da maioria dos fogos é negligência e não qualquer acção intencional.

Só no distrito de Bragança, em cerca de 600 chamadas, 105 revelaram-se como falsas, tendo sido identificados os autores de 27 que incorrem numa pena até um ano de prisão ou até 120 dias de multa por crime de abuso e simulação de sinais de perigo.

É discutível a intenção de quem efectua estas chamadas, sendo para alguns uma forma de mobilizar meios para locais distantes das verdadeiras ocorrências, dificultando uma primeira intervenção e permitindo ao fogo alastrar-se.

Esta teoria pode ser, de alguma forma, consubstanciada na elevada percentagem de chamadas de que resultaram intervenções do GIPS, evitando que efectuassem uma intervenção rápida noutro local, mas também se podem encontrar outras justificações.

Há quem efectue falsas chamadas apenas para ver os bombeiros, sendo que no caso das unidades helitransportadas do GIPS, pode haver ainda mais motivos de interesse por parte de quem tem esta lamentável prática, que, conforme diz o governador civil de Bragança, Jorge Gomes, podem não passar de "brincadeiras de mau gosto".

Apesar de tudo, o próprio governador civil admite que podem ser práticas "elaboradas para desviar os meios e as atenções para poder fazer o fogo posto", criando a "sensação que houve falsos alertas para que o fogo se desenvolvesse noutros locais".

Segundo uma directiva comunitária, que Portugal lamentavelmente ainda não implementou, as chamadas para o número de emergência 112 devem ser georeferenciadas, como forma de agilizar o socorro, mas também para responsbilizar quem as efectua sem motivo válido.

A localização de chamadas para o 112 é assunto que já abordamos, bem como o do elevado número de falsas chamadas que motivaram saidas do GIPS, mas convém analisar o problema da responsabilização de quem activa indevidamente meios de socorro.

O regime de punições actual surge como desproporcionado relativamente aos potenciais prejuizos que uma falsa chamada pode provocar e o mero pagamento de uma multa não serve de dissuação para quem pratica tais actos.

Actos de que resultem a activação indevida de meios de socorro deviam ser punidos com uma pena nunca inferior como são sancionadas falsas declarações feitas a uma autoridade policial ou administrativa, com eventuais agravantes em função das consequências que daí decorram.

Não é difícil imaginar várias possíveis consequências que podem resultar da indisponibilidade de meios de socorro, quando uma situação de emergência real não pode ser resolvida com a necessária urgência devido ao envio dos sempre escassos meios disponíveis para acorrer a algo de inexistente.

No entanto, mesmo que da falsa activação decorra, no limite, a perda de vidas humanas, o responsável, quando é apanhado, acaba normalmente por ser condenado a pagar uma multa, independentemente das consequências do seu acto.

Assim, sugere-se a que a denúncia falsa de situações que mobilizem meios de socorro, seja agravada sempre em função dos resultados, podendo levar a uma acusação de homicídio, de modo a evitar que, anualmente, se verifique um manifesto desperdício de recursos que põe em perigo a vida e os bens das populações.

sábado, novembro 04, 2006

"Blower" no EBay


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"Blower" de Série 3

O sistema de aquecimento do habitáculo dos Série, para além da unidade propriamente dita, requer um dispositivo que aspire o ar a partir de uma entrada lateral, o qual é depois canalizado para a unidade que altera a temperatura.

Esta peça, designada por "blower" em inglês e que basicamente é uma ventoinha eléctrica dentro de um tubo, existe em versões diferentes para ser colocada à esquerda ou à direita do veículo, sempre do lado oposto ao do condutor.

No entanto, porque escasseiam em Portugal e as existentes em Inglaterra são, normalmente para veículos de condução à direita, os preços tendem a ser algo exagerados, por vezes aproximando-se de uma peça nova.

Os dois modelos são, no entanto, funcionalmente idênticos, com uma forma simétrica, pelo que podem ser adaptados sem grandes problemas, eventualmente apenas com recurso a modificações no tubo flexível que sai desta peça até ao módulo de aquecimento ou prendendo-o com a parte superior para baixo.

Com base neste pressuposto, optamos por adquir uma versão inglesa em 2ª mão no EBay por um preço que se aproxima dos 16 euros, a que acrescem portes, que será sensivelmente outro tanto se enviado for directamente para Portugal, ou na ordem dos 9 euros se para alguém em Inglaterra que depois o traga para o nosso País.

Independentemente do custo, estamos a falar de um valor que consideramos aceitável face ao conforto que um sistema de aquecimento proporciona, sobretudo durante o Inverno, num veículo que não prima pelo isolamento térmico.

Lembramos que nem todos os Série têm um sistema de aquecimento, considerado na altura como um opcional, pelo que a sua instalação pode exigir um conjunto de peças mais extenso, que inclui o sistema de comando a colocar no "tablier", grelhas de saida de ar e o módulo de aquecimento propriamente dito.

Caso seja necessário adquirir todas esta peças, logicamente o valor será muito superior, mas não deixa de ser uma opção a considerar para quem pretender uma utilização mais contínua deste modelo.

Governo vai criar empresa para gerir os meios aéreos da Protecção Civil


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Canadair durante o combate aos fogos

O ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, anunciou ontem no Parlamento que no próximo ano será criada uma empresa pública para gerir os meios aéreos afectos à Protecção Civil, facto relacionado com o processo de aquisição de meios aéreos pesados para combate aos fogos florestais.

Esta novidade, feita durante uma intervenção realizada ontem no âmbito da discussão na generalidade da proposta de Orçamento de Estado para 2007, perante a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, quando revelou querer "que os meios aéreos afectos à Protecção Civil, nomeadamente destinados ao combate aos fogos florestais, tenham uma gestão empresarial".

Ainda no âmbito do socorro, o titular do MAI informou que o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Naciona Republicana (GNR) será expandido, passando a contar com mais três companhia que irão reforçar as três já existentes.

António Costa aproveitou para anunciar que "face à boa execução orçamental" de 2006, par além das unidades a estacionar em Viana do Castelo e Braga, outra ficará em Lisboa/Setúbal ou Aveiro/Porto, "conforme vier a ser decidido".

Também foi reafirmado que o actual Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) passará a designar-se Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), com maior autonomia e poderes reforçados de comando e organização no sector.

Torna-se algo estranha a ideia de, por um lado, reforçar os poderes do SNBPC, promovendo-o a Autoridade Nacional e, por outro, colocar sob a gestão de uma empresa os meios aéreos a adquirir.

Obviamente, não passa pela cabeça de ninguém que a gestão operacional dos meios não esteja na depedência da entidade que suceder ao SNBPC, de tal forma esta possibilidade é absurda e de consequências imprevisíveis, pelo que a empresa cuja criação anunciada deverá ser de cariz administrativo-financeiro.

Em primeiro lugar, tal afigura-se como de uma completa inutilidade, já que outros meios de socorro, de que resultam enormes encargos para o Estado, não foram submetidos a uma "gestão empresarial", a qual não se quaduna com os princípio que gerem o socorro.

Em segundo lugar, não pode haver uma perspectiva economicista nas acções de socorro, sob pena de se efectuar análises custo benefício sempre que é feito o pedido de activação de meios, do que resultam constrangimentos operacionais inaceitáveis.

Assim, tal empresa aparece como uma engenharia financeira, face aos elevados investimentos que resultam da aquisição e manutenção das futuras aeronaves, evitando o comprometimento da futura ANPC com um gestão que pode revelar-se desastrosa caso negócios em curso, como o da eventual aquisição dos Beriev não decorram da melhor forma.

A possibilidade de criar esta empresa é algo que contestamos e que, numa época de restrições económicas, deve ser explicada aos portugueses, sob pena de ser considerada como um deperdício de dinheiros públicos ou, pior ainda, de apontar no sentido de uma perspectiva empresarial na gestão do próprio socorro das populações.

sexta-feira, novembro 03, 2006

"A culpa continua a morrer solteira"


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Floresta queimada

Foi hoje publicado um texto da nossa autoria no "site" dos Bombeiros do Distrito da Guarda, a quem agradecemos a honra do convite para escrever uma crónica.

No mesmo "site" existe um fórum onde este e outros assuntos relacionados com a temática dos bombeiros, da protecção civil ou do socorro, podem ser debatidos e que convidamos a visitar.

Porque consideramos importante que a discussão da responsabilização pelos acidentes que sucedem, de modo a que se tirem as devidas elações e se evite a sua repetição, o texto é aqui transcrito.

Recentemente publicado, o relatório sobre o incêndio de Famalicão da Serra, aponta para a falta de equipamento adequado nas causas da morte do bombeiro português que aí faleceu juntamente com cinco sapadores chilenos.

Para a comissão de inquérito a este acidente, o bombeiro voluntário falecido "teria sobrevivido se tivesse equipamento de protecção pessoal enquanto que os restantes cinco sapadores chilenos não tiveram alternativa dada a sua localização e o comportamento eruptivo do fogo".

O mesmo relatório adianta ainda que "quando há um incêndio numa encosta nunca as equipas de combate aos incêndios florestais se deviam meter à frente do fogo".

É sempre difícil emitir uma opinião objectiva sobre relatórios qua analisam tragédias, mantendo a necessária distância e analizando friamente a situação, mas do seu conteúdo surgem algumas questões de princípio que devem ser colocadas.

Primeiramente, da falta de divulgação dos relatórios que envolvem acidentes mortais, resulta a impossibilidade de evitar eventuais erros no futuro, pelo que os lamentos constantes relativos à morte de bombeiros continuarão, certamente, a ouvir-se.

Também derivado desta falta de divulgação, não há lugar a uma revisão de ensinamentos, treinos, métodos e procedimentos tácticos, essenciais à segurança nas operações, nem se procede a uma correcta avaliação de situações que poderão ocorrer de novo no futuro.

Como consequência directa, existe uma óbvia desresponsabilização, que começa no topo da cadeia hierárquica, dada a impossibilidade de esta tomar as medidas que evitem erros passados para os quais não foram devidamente alertados.

Em segundo lugar, os inquéritos têm, em muitos casos, servido apenas para branquear situações, apagar erros ou proteger interesses, não resultando na responsabilização efectiva de quem adoptou procedimentos errados que poderão ter começado nas primeiras etapas de formação.

Muitas vezes a imposição de ilibar todos ou alguns dos envolvidos, seja por um suposto respeito pelos que perderam a vida, seja para evitar consequências junto de quem, fazendo o seu melhor, não conseguiu evitar um acidente, acaba por condicionar os resultados, tornando-os inúteis em termos de avaliação e de correcção de erros.

É conhecido que sobre o mesmo incidente chegam a ser nomeadas diversas comissões de inquérito, cujas conclusões são sucessivamente rejeitadas até coincidirem com interesses que pemanecem desconhecidos, sendo que a valia técnica ou mesmo a verosimilhança da avaliação chega a ser secundarizada.

Em terceiro lugar, verifica-se que é raro que, após o termo de um inquérito, seja dado conhecimento das conclusões ao Ministério Público, mesmo quando estes apontam para a existência de contornos criminais que podem ser simplesmente a nível de negligência, mas cujas implicações necessitam de ser apuradas.

A ausência de legislação adequada, a dificuldade em apurar responsabilidades quando estas envolvem questões tão complexas como a falta de determinação de procedimentos adequados, de regulamentação ou, simplesmente, de fiscalização, permite uma manifesta impossibilidade de determinar a origem de erros estruturais, cuja existência podem afectar organizações inteiras.

Obviamente, pode-se ir mais longe e chegar ao nível da responsabilização política, mas a diluição de eventuais culpas à medida que se sobe numa hierarquia, tornando mais vaga e difusa a influência de quem, pelo seu afastamento, nunca teve contacto directo com o sucedido, acaba por frustrar quaisquer tentativas de fazer justiça.

Diz-se que em Portugal a culpa morre solteira, e eventos trágicos avaliados em julgamentos recentes apontam nesse sentido, permitindo que os erros do passado se repitam como se estivessemos diante de uma inevitabilidade ditada por uma má sina.

50.000 visitas!


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50.000 visitas

Ao chegar às 50.000 visitas, queremos agradecer aos nossos leitores, e muito especialmente a quem fez ligações para este espaço, pelo apoio e incentivo que nos deram.

Esperamos continuar a contar com a vossa presença neste espaço de reflexão e contamos com as vossas sugestões e críticas no sentido de nos ajudar a melhorar os conteúdos e ir mais de encontro aos vossos interesses.

A todos, o nosso obrigado!

"Gmail for Mobile Devices"


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Écran do Gmail for mobile devices

O novo "Gmail for mobile devices" está disponível para os utilizadores deste popular sistema de correio electrónico fornecido pela Google.

Com suporte para centenas de telemóveis, a pequena aplicação permite possiblidades semelhantes às disponibilizadas para os computadores pessoais, tendo sido optimizada em termos de tamanho e adaptada à resolução de écran dos dispositivos a que se destina.

Igualmente importante, é o suporte de encadeamento de mensagens típico do Gmail, capaz de relacionar toda uma sequência, e que em muito facilita a pesquisa e compreensão dos conteúdos.

Este produto destina-se, naturalmente, a equipamentos que possuam capacidade de navegar na Internet e cujos proprietários tenham uma conta do Google Mail, algo que começa a ser cada vez mais habitual entre nós.

Enquanto alguns operadores nacionais continuam a apostar em serviços pagos, muitas vezes de qualidade mais do que discutível, o Gmail, nas suas diferentes formas de acesso, tem-se manifestado fiável e com características superiores às da concorrência.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Camiões para operações de longa duração


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Esquema com base em camião adaptado

Talvez tenha chegado a hora de, para além de veículos de combate, as corporações ou, pelo menos, os comandos distritais começarem a adquirir veículos, que poderão ser, por exemplo, autocarros adaptados, mesmo que obtidos em segunda mão, onde se possa colocar uma estutura de logística que se revela cada vez mais essencial.

Se imaginarmos um interior simplificado, que pode ser feito através da montagem de sistemas de cantoneira metálica ou da adaptação de beliches militares, dos quais existem inúmeros excedentes, mantendo uma área destinada a refeições na qual podem ser reposicionados os bancos de origem, os custos são reduzidos e o conforto proporcionado aumenta significativamente.

Havendo um pouco mais de disponibilidade, um compartimento destinado a duches e uma casa de banho, na rectaguarda do veículo, contribuiria para uma maior polivalência e aumentaria a autonomia do mesmo.


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Mercedes com camas, sala de jantar, duche e wc

Possivelmente, será possível obter veículos com baixo interesse comercial, desde que negociadas contrapartidas ou com recurso a algumas das vantagens fiscais que a Lei do Mecenato permite, de forma a que a empresa que ceda meios seja compensada em sede de IRC.

Caso não seja viável adquirir autocarros, mesmo que em segunda mão, um simples reboque adaptado pode servir como alternativa, desde que seja possível obter temporariamente um veículo de reboque, algo que muitas empresas, estamos certos, poderão ceder nestas alturas.

A organização actual, que está desajustada da realidade, prevê combates intensos e curtos e, cada vez mais, se verifica que, quando existe um esforço prolongado, não há capacidade de manter os efectivos nas condições exigíveis para uma luta eficaz.

Para permitir manter a eficiência durante um esforço mais prolongado, deixamos aqui esta sugestão que, tendo alguns custos, poderá revelar-se compensadora a partir do segundo ou terceiro dia de combate.

"Google Apps for your Domain" poliglota


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Écran de configuração de aplicações

O "Google Apps for your Domain", destinado a fornecer aplicações baseadas na Internet a quem tenha domínios, expandiu o número de linguagens suportadas, incluindo agora a versão brasileira do português.

Embora não seja a opção escolhida por todos os que falam o "nosso" português, facilita a leitura para quem estiver menos habituado à língua inglesa, pelo que será, sem dúvida, útil para alguns dos nossos leitores.

Com esta evolução, aplicações ou serviços tão populares como o Google Mail ou o Calendar poderão ser usados numa língua de mais fácil entendimento para os utilizadores, facilitando o uso destes recursos.

A escolha da língua a usar nas aplicações é feita de forma automática a partir das defenições do computador, fazendo-a coincidir com as opções pessoais de cada um, mas pode ser configurada manualmente caso se pretenda, por exemplo, aceder a aplicações em inglês num computador com defenições portuguesas.

Para quem tenha domínios a seu cargo e pretenda complementar, por exemplo, as páginas "web" com aplicações, esta é uma solução gratuita que pode ser usada com facilidade em todo o Mundo.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Relatório Stern e os efeitos das alterações climáticas


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"Site" do relatório Stern em inglês

Por ter uma implicação directa na incidência de fogos florestais, não podemos deixar de chamar a atenção para o relatório Stern, que aborda as alterações climáticas e que acaba de ser publicado.

Mesmo admitindo que o relatório inclui uma abordagem não apenas a nível de previsões científicas, mas também uma projecção económica e política discutível, os cenários propostos merecem uma reflexão aprofundada e a obrigação de tomar medidas que visem contrariar o aquecimento global.

Existem registos históricos de períodos em que se verificou um aumento da temperatura, nomeadamente durante a Idade Média, mas a falta de dados objectivos quanto a eventuais causas e de valores de medição exactos condiciona os estudos e dificulta o apuramento da realidade.

Actualmente, com a recolha de dados meteorológicos precisos em todo o Mundo e de diversos tipos de medições a nível climático e geográfico, torna-se possível calcular com um elevado grau de probabilidade o que o futuro nos reserva e o que podemos esperar das alterações que já se fazem sentir.

As consequências projectadas no tempo de fenómenos como a subida do nível da água dos mares e oceanos, variações climáticas mais extremas, períodos de chuva menores mas com maior intensidade, secas prolongadas e tantos outros, são analisadas, bem como as possíveis respostas no sentido de inverter uma tendência que se afigura como suicida para toda a humanidade.

Independentemente de concordar ou na com o conteúdo do relatório, esta é uma leitura que sugerimos, dado abordar um problema que, pelos dados que existem, tem tendência a agravar-se.

Internet sem fios grátis em Lisboa


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Emissor no interior de um suporte de lâmpada

A partir de ontem, dia 31, vai ser possível aceder à Internet via Wifi em 21 jardins de Lisboa, que se junta-se ao movimento de cidades que oferecem acesso gratuito à Internet.

De uma previsão inicial de 5 jardins, que noticiamos, incluindo os mais populares da cidade, como o Parque Eduardo VII, o projecto alargou-se a diversas empresas, estendendo-se a grande parte da cidade.

O acesso é fornecido pela PT-Wifi, a Broadnet e a Zapp, cada uma delas responsável por um terço ou 7 dos jardins onde esta tecnologia será disponibilizada gratuitamente.

Ao conectar-se, a primeira página a carregar será a do prestador do serviço, mas a partir daí, a navegação é livre, podendo-se aceder a qualquer "site" sem restrições.

Tal como em outros sistemas de acesso sem fios, o sinal poderá ser mais forte em determinados locais, sendo necessário algum trabalho de investigação no sentido de apurar o melhor local para aceder.


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Detector de "hot-spots" WiFi

Neste momento, o projecto assegura Internet sem custos até Junho e a continuidade depende da adesão do público e dos resultados comerciais.

No "site" da Câmara Municipal de Lisboa, será colocada a informação complementar relativa aos jardins onde o acesso é possível e que são os que constam da seguinte lista:

1 - Jardim Amália Rodrigues (Parque Eduardo VII)
2 - Jardim do Campo Grande
3 - Parque José Gomes Ferreira (Mata de Alvalade)
4 - Miradouro da Graça
5 - Miradouro da Nossa Senhora do Monte
6 - Alameda Roentgen (Telheiras)
7 - Jardim Braancamp Freire (Campo de Santana)
8 - Alameda Keil do Amaral
9 - Parque Recreativo do Alto da Serafina
10 - Parque Recreativo do Alvito
11 - Espaço Monsanto
12 - Quinta das Conchas e dos Lilases
13 - Jardim Vasco da Gama
14 - Jardim do Arco Cego
15 - Jardim Guerra Junqueiro (Jardim da Estrela)
16 - Parque Eduardo VII - Estufa Fria (Parque Infantil)
17 - Parque Eduardo VII - Esplanada do Lago
18 - Jardim França Borges (Príncipe Real)
19 - Miradouro do Alto de Santa Catarina
20 - Alameda Dom Afonso Henriques (Fonte Luminosa)
21 - Parque da Bela Vista (lado norte)

Esperamos que esta democratização da Internet tenha o exito que merece e se prolongue para além de Junho, contribuindo para um acesso tão universal quanto possível e que será da maior importância quando a época forte do turismo chegar.